Revista 21

«Nas histórias de banda desenhada Astérix e Obelix foram identificados mais de 700 casos de traumatismos e lesões cerebrais, refere um estudo da Universidade alemã Heinrich Heine.

De acordo com o The Guardian, o estudo foi publicado na revista de neurologia Acta Neurochirurgica e explica que os investigadores analisaram em detalhe as bandas desenhadas de autoria de René Goscinny e Albert Uderzo e encontraram 704 vítimas de lesões cerebrais que resultaram das lutas entre os habitantes da aldeia gaulesa contra os soldados do império romano.

Das cerca de 700 vítimas, 63,9 por cento são romanos e nas histórias nem as armaduras os salvou da força dos gauleses defendidos por Astérix e Obelix que recorrem à poção mágica feita por Panoramix. Vítimas da força gaulesa são ainda 59 piratas e bandidos, oito vikings e quatro extra-terrestres. Segundo o estudo dos gauleses foram vítimas apenas 32 vezes no total das aventuras.

Os investigadores afirmam ainda que poderá existir a possibilidade de que a poção mágica de super-poderes feita de visco possa ter influência em desenvolvimento de cancros cerebrais. No entanto, não acrescentam mais informações.

Embora as histórias sejam repletas de pancadaria e de imagens onde os romanos voam com a força dos murros de Asterix e Obelix ao serem expulsos da aldeia gaulesa, não há registos de quaisquer vítimas mortais, nem danos irreversíveis em nenhuma das personagens.

As aventuras de Astérix apareceram pela primeira vez em Portugal a quatro de Maio de 1961 nas páginas da revista Foguetão. As histórias de banda desenhada já venderam mais de 300 milhões de exemplares em todo o mundo e estão disponíveis em mais de uma centena de línguas e dialectos, incluindo o mirandês.»

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