«A Apple seguiu a tendência do sector para comercializar telemóveis de ecrãs maiores e a sexta versão do iPhone está equipada com um ecrã de quatro polegadas. É a primeira vez que o telemóvel da marca americana “cresce” desde que foi lançado.
O novo modelo – apresentado [ontem] numa conferência em São Francisco conduzida pelo CEO, Tim Cook, e pelo vice-presidente Phill Schiller – chama-se iPhone 5 (no ano passado, o quinto modelo foi designado por iPhone 4S). Apesar do ecrã maior, é mais leve e mais fino do que o antecessor. Também passou a suportar ligações 4G, a tecnologia de Internet móvel que é mais rápida, e mais cara para o consumidor, do que o 3G.
As novas dimensões permitem o formato de 16:9 usado na generalidade dos filmes e vídeos. O espaço extra do ecrã foi também usado para criar uma nova fila de aplicações: cada ecrã do iPhone permite agora 20 aplicações, para além das quatro que permanecem fixas no menu do fundo. As aplicações concebidas para os ecrãs antigos poderão ser usadas com uma margem preta.
O aparelho mantém os 326 pixeis por polegada de ecrã que a Apple estreou no iPhone 4 (em 2010), numa tecnologia a que chamou “retina display” e que melhorou significativamente a qualidade da imagem, tornando-se na fasquia por que se pauta a concorrência. Recentemente, a Apple aplicou esta tecnologia a computadores portáteis.
Muitas marcas de smartphones têm apostado em dispositivos com ecrãs generosos, com dimensões maiores até do que as do novo iPhone, permitindo aos utilizadores mais espaço para actividades como a visualização de vídeos, a navegação na web e a escrita, onde o tamanho do ecrã é um dos factores a influenciar a facilidade de uso dos teclados digitais.
A Samsung tem sido uma das fabricantes a seguir esta linha, com o telemóvel topo de gama Galaxy S III a ter 4,8 polegadas e com o modelo Galaxy Note a ser um gigante de 5,3 polegadas, já a tocar a fronteira com os tablets. Por seu lado, os topos de gama da linha Lumia, da Nokia, que foram apresentados no início do mês, têm 4,3 polegadas. Os ecrãs mais reduzidos (e que são mais baratos para os fabricantes) têm sido deixados para os smartphones de média e baixa gama.
As novidades surgem quando a Apple vê as vendas a abrandar e quando a Samsung lidera o sector, com uma quota de mercado de 32,6% no segundo trimestre deste ano, de acordo com dados da analista IDC. A Apple tinha uma quota de mercado de 16,9%, em queda face à proliferação de aparelhos equipados com Android.
Tal como também como já tinha sido antecipado, o novo iPhone abandonou a porta de ligação (que era igual à do iPad e dos iPod), e tem agora um novo cabo que a Apple diz ser mais resistente (é frequente os cabos da Apple ficarem danificados pelo uso). Isto significa que muitas empresas que produzem acessórios (como colunas, por exemplo) para o iPhone têm agora produtos que não são compatíveis com o novo modelo. A Apple vai vender um adaptador para que estes aparelhos possam continuar a ser usados.
A Apple fez também melhorias nas câmaras frontal e traseira e introduziu um novo processador (que a empresa diz ser duas vezes mais rápido).
Em Portugal, a Vodafone já anunciou que começará a comercializar o aparelho a 28 de Setembro.
O iPhone não foi o único dispositivo a ser alvo de remodelação. Os iPod Nano têm agora um novo modelo com ecrã sensível a toque e gestos e o iPod Touch torna-se ainda mais próximo do iPhone, com um ecrã com tecnologia "retina display", uma câmara de cinco megapixeis (a do iPhone tem oito) e a inclusão da Siri, a aplicação de assistente pessoal controlada por voz.
A apresentação serviu também para lançar o iOS 6, uma nova versão do sistema operativo que equipa o telemóvel, bem como novas versões do software iTunes, que dá acesso nos computadores às lojas de música, filmes e aplicações e permite sincronizar conteúdo com o iPhone. A nova versão do software está integrada com o iCloud, o serviço de armazenamento online da Apple.
Apesar do habitual silêncio da companhia, as novidades do iPhone já tinham sido abundantemente publicadas na Internet. Porém, ficaram defraudadas as expectativas de quem esperava ver a Apple a introduzir no mercado uma versão mais pequena do iPad, uma das especulações mais alimentadas ao longo das últimas semanas.»
Via Público. Ler mais em P3.
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