terça-feira, 5 de Março de 2013

O Impiedoso País das Maravilhas e o Fim do Mundo (Haruki Murakami)


O Impiedoso País das Maravilhas e o Fim do Mundo
Por: Haruki Murakami
Edição: Casa das Letras
Título original: Sekai no owari to hādoboirudo wandārando
Páginas: 572
PVP: 22,90 €


Neste livro, publicado pela primeira vez em Portugal, a 12 de Março, duas histórias paralelas desenrolam-se em cenários sugestivos. «Fim do Mundo» decorre numa misteriosa cidade murada e «O Impiedoso País das Maravilhas» numa Tóquio futurista. Um acelerador de partículas narrativo percorre o romance, num movimento de zoom, aproximando-se e afastando-se de crânios de unicórnios e bibliotecárias vorazes.

Leia abaixo a sinopse de O Impiedoso País das Maravilhas e o Fim do Mundo:
Para se deslocar ao laboratório de um velho professor com fama de homem da Renascença do nosso tempo, um técnico informático apanha um elevador, lento ao ponto de uma pessoa não saber se está a subir ou a descer. À chegada, é recebido por uma jovem bonita e rechonchuda. O programador segue atrás da mulher vestida de cor-de-rosa por corredores que nunca mais acabam e por caminhos subterrâneos, aspirando profundamente a fragrância de melão que a nuca dela exala. No entanto, nem sequer ouve o rumor da respiração e é como se as palavras que lhe saem da boca chegassem aos seus ouvidos através de uma espessa parede de vidro. Às tantas, parece-lhe que a jovem de formas arredondadas terá dito qualquer coisa como «Marcel Proust». Marcel Proust? Bem-vindos ao impiedoso país das maravilhas.

Numa pequena e fantasmagórica cidade, rodeada por uma muralha que a separa do resto do mundo, vivem seres humanos privados da sombra e dos sentimentos. Habituados desde há muito a conviver tranquilamente com a ausência de emoções, todos se mostram satisfeitos e em paz. Ninguém envelhece, ninguém morre. A que se deve tal proeza? Aparentemente, ao facto de não terem coração. Com efeito, as pessoas deixam de ter sombra mal passam a viver dentro das muralhas. A esta cidade nos confins do mundo chega um jovem de trinta e cinco anos, que tem por missão ler «os velhos sonhos» nos crânios dos unicórnios. Com a ajuda da bibliotecária, que revela um apetite prodigioso até dizer basta, o programador propõe-se recolher recordações e fragmentos de outras vidas, pertencente a uma outra possível dimensão.

0 comentários:

Enviar um comentário