«"Quero lembrar aqui a dívida que tenho para com aqueles que estão na origem da iluminação da descoberta da galáxia de extensão infinita de Fernando Pessoa". Foi com estas palavras que o ensaísta Eduardo Lourenço começou [ontem] o seu discurso na cerimónia de entrega do Prémio Pessoa 2011, com o qual foi distinguido na Culturgest, em Lisboa.
Presentes estiveram o Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, e a presidente da Assembleia da República, Assunção Esteves.
Antes de ler o texto "Pessoa ou a porta aberta", o ensaísta recordou a antologia do poeta e crítico Adolfo Casais Monteiro, "um pouco esquecido", que leu "com paixão, que só aumentou com o tempo". Segundo Eduardo Lourenço, "foi Casais Monteiro quem mais contribuiu" para a criação do mito Fernando Pessoa.
Eduardo Lourenço recordou ainda o amigo que foi Antonio Tabucchi, "um grande pessoano", a quem dedicou o texto sobre Fernando Pessoa, sem esquecer ainda Agustina Bessa-Luís, "que jaz no seu leito de dor sem memória".
Na cerimónia o ensaísta comparou a obra poética de Pessoa à de Jorge Luís Borges. O ensaísta referiu-se ainda aos heterónimos de Pessoa como "celestes e imortais criaturas que não são mais do que sonhos diversos, maneiras diferentes de é possível encontrar um sentido para a nossa existência".»
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