quarta-feira, 13 de Junho de 2012

Tozé Brito diz que Luciana Abreu fazia birras


«Luciana Abreu atingiu o auge do sucesso em 2006, quando protagonizou a novela da SIC, Floribella. Dois anos depois, após o fim das duas temporadas da produção infanto-juvenil, a estação de Carnaxide lançou Lucy, o programa matinal de fim-de-semana virado para as crianças e adolescentes, em que Luciana era a apresentadora. Mas nem tudo foi um "mar de rosas", que o diga Tozé Brito, autor dos temas musicais do programa. Agora, o músico alerta Luís Jardim que está já a preparar o CD de Luciana Abreu, a vencedora da segunda temporada d’A Tua Cara Não Me É Estranha.

"A SIC entrou em contacto comigo e pediu-me para escrever temas para uma série nova, Lucy, que era o follow up da Floribella", começa por dizer Tozé Brito à revista TV7Dias, acrescentando que "na altura disse ao Zé Serrão, que era o diretor da iPlay: 'Tenho muito gosto em escrever, mas quero conhecer a Luciana pessoalmente'. E aí comecei a perceber que íamos ter problemas! Não era entre mim e ela, era com o programa e as canções", recordou.

E o músico explica: "A SIC e a iPlay, que me estavam a encomendar e a pagar o trabalho, diziam: 'Isto é um programa que é suposto ser a continuação da Floribella', ou seja, para um público jovem, maioritariamente feminino e na faixa dos 10 aos 14 anos. Mas quando falei com a Luciana comecei a perceber que ela queria ser uma Jennifer Lopez, uma Rihanna, uma cantora completamente adulta que apanhava o público jovem, mas também o adulto e com uma imagem completamente distinta do que a SIC me dizia". E completa: "A Luciana queria fazer da Lucy uma figura com uma carga sensual enorme, demais para aquele target infantil e para o horário matinal", acrescentou.

Tozé Brito acaba por atribuir a Luciana Abreu a culpa do formato não ter resultado. Segundo o músico, a apresentadora "batia o pé" para levar sempre a sua avante, fazia birras dizendo que não queria cantar determinadas músicas e mudou radicalmente o conceito do formato do programa (desde as roupas ao cenário). E porque é que a SIC aceitava tais caprichos? "O investimento já estava feito e o programa já não se conseguia travar, A SIC tinha andado a anunciar o regresso da Luciana durante meses. Dizer que já não havia programa teria sido muito mau para a SIC… e para ela", explicou Tozé Brito à mesma publicação. "Ela queria impor a vontade dela, com tiques de vedeta. A maior prejudicada do falhanço foi a Luciana e, se calhar, ainda hoje está a pagar a fatura!", acrescentou.

Agora, Tozé Brito dá um recado a Luís Jardim, presidente do júri d’A Tua Cara Não Me É Estranha da TVI. Sabendo da admiração de Luís Jardim por Luciana Abreu e a empatia que existe entre ambos, o compositor avisa: "A empatia entre a Luciana e o Luís Jardim pode ser-lhe altamente favorável se ela souber trabalhar com ele e ouvi-lo… O Luís também tem uma personalidade muito forte e é um brilhante músico, com um passado que fala por ele. Por isso, se ela teimar em só fazer o que quer, vai ter muitos problemas. Mas se tiver a humildade de ouvir o Luís, pode ir muito longe e ter um grande futuro", diz à mesma publicação.

"Espero que o Luís tenha capacidade para perceber que a Luciana não é pera doce, embora tenha um potencial fantástico. Ele vai ter de trabalhar numa situação de compromisso em que tem de dizer 'Aqui mando eu'. Eu conheço-o e, se ele quiser falar comigo, tenho a experiência de trabalhar com a Luciana… e não foi boa. Há que ouvir as pessoas que não conseguiram tirar nada… porque ela não deixou. Foi talvez o projeto em que me senti mais desiludido, por perceber o potencial que tinha e por a Luciana não se aperceber da oportunidade que lhe estavam a dar. Ela não aproveitou. Eu voltava a escrever para ela, mas dentro de certas regras", concluiu.

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