O livro Lendas da Índia, do poeta e ficcionista Luís Filipe Castro Mendes, publicado pela Dom Quixote em Junho de 2011, acaba de ser distinguido com o Prémio António Quadros, atribuído pela Fundação com o mesmo nome. Tal como o nome o indica, trata-se de um livro que reúne um conjunto de poemas sobre a Índia.
De acordo com os membros do júri, José Carlos Seabra Pereira, António Cândido Franco, Fernando J.B. Martinho, Nuno Júdice e Pedro Mexia, Lendas da Índia inscreve-se no «horizonte de um diálogo de culturas, com aspectos relevantes do pensamento universalista e da abertura de espírito do patrono deste Prémio (…) dando prossecução a um trajecto literário de grande qualidade estética». Para o júri, o livro versa sobre a identidade «sem complexos históricos com o passado dos Descobrimentos».
Luís Filipe Castro Mendes nasceu em 1950, em Idanha-a-Nova. Formado em Direito pela Universidade de Lisboa (1974), estreou-se em 1983 com o livro de poesia Recados. Em 1984 publica a ficção Areias Escuras e no ano seguinte regressa à poesia com Seis Elegias e Outros Poemas, galardoado com o Prémio da Associação de Jornalistas e Homens de Letras do Porto. Publica ainda Ilha dos Mortos (1991), Viagem de Inverno (1993), O Jogo de Fazer Versos (1994), Modos de Música (1996), Outras Canções (1998), Poesia Reunida (1985-1999) e Os Dias Inventados (2001).
Luís Filipe Castro Mendes sucede a Afonso Rocha, que no ano passado recebeu o Prémio pelo seu ensaio Natureza, Razão e Mistério Para Uma Leitura Comparada de Sampaio.
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