Título: Sandokan & Bakunine
Autor: Bruno Margo
Edição: Teorema
Género: Literatura
Ano: 2012
PVP 13,90€ | Páginas: 184
Sinopse aqui
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Autor: Bruno Margo
Edição: Teorema
Género: Literatura
Ano: 2012
PVP 13,90€ | Páginas: 184
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«De tão trabalhada a prosa chega a parecer solene.
Mas logo irrompe a ironia, o delírio, a dissonância, um humor retorcido.»
Mas logo irrompe a ironia, o delírio, a dissonância, um humor retorcido.»
Expresso
Não sendo um problema exclusivo da literatura, é nesta que, em Portugal, se nota a maior necessidade de se jogar pelo seguro. Poucos são os escritores que arriscam verdadeiramente nas suas narrativas, e os que o fazem apostam, na generalidade dos casos, mais na forma que no conteúdo. É por isso que se devem saudar autores como Bruno Margo. E é por isso que se deve ler o seu primeiro livro, Sandokan & Bakunine.
Trata-se, no fundo, de um trabalho de metaficção. A introdução explica-nos que o autor do livro passou por algumas dificuldades para o escrever: a história foi-lhe roubada e divulgada na Internet, com consequências nefastas para a sua vida pessoal. Já na narrativa «principal», acompanhamos as memórias de um adolescente chamado Artur que, junto com o seu cão Bakunine, investiga o misterioso desaparecimento de uma rapariga. É apenas a ponta do icebergue.
A narração é algo caótica, subdividindo-se de forma incessante em novos cenários, e pontuada com profusas notas de rodapé. A linguagem, por sua vez, é trabalhada de forma quase obsessiva, o que também não ajuda à compreensão. E, no entanto, apesar de não ser uma obra «fácil», Sandokan & Bakunine é uma obra de arte, cujo arrojo e originalidade fazem de Bruno Margo um nome a reter no panorama literário nacional. Até porque cansa jogar sempre pelo seguro.
PÚBLICO-ALVO
Fãs de literatura moderna que não se deixem assustar por linguagem excessivamente trabalhada e enredos não-lineares. Por alguma razão chamam a Bruno Margo «uma espécie de David Lynch da literatura».
Texto: Tiago Matos
Artigo publicado na edição #14 da Revista 21
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