«O Prémio Nobel da Paz deste ano foi atribuído à União Europeia, tal como avançara o serviço público de rádio e televisão da Noruega.
"A União e os seus precursores têm contribuído, há mais de seis décadas, para o avanço da paz e da reconciliação, da democracia e dos direitos humanos na Europa", escreve o Comité Nobel norueguês no comunicado em que anuncia o prémio.
O comité realçou também "os esforços da UE para conseguir a paz e coesão entre todos os seus membros": "O papel estabilizador da UE ajudou a transformar a maior parte da Europa de um continente de guerra num continente de paz".
Foi ainda assinalado a reconstrução europeia após a II Guerra Mundial e o papel do bloco europeu na estabilização dos antigos países comunistas, depois da queda do Muro de Berlim e do fim da União Soviética.
"O terrível sofrimento durante a II Guerra Mundial demonstrou a necessidade de uma nova Europa", escreve o comité, recordando que hoje é" impensável" uma guerra entre a França e a Alemanha. "Isto mostra como, através de esforços bem dirigidos e da construção de uma confiança mútua, inimigos históricos se tornaram parceiros chegados", sublinha o Comité Nobel Norueguês.
"O trabalho da UE representa 'fraternidade entre nações' e constitui uma forma do 'congresso da paz' que Alfred Nobel referia como critério para o Prémio Nobel da Paz no seu testamento de 1895", conclui o comité.
Cerca de uma hora antes do anúncio feito em Oslo, a empresa de media pública norueguesa NRK anunciara que a UE iria ser distinguida este ano. A entrega no Nobel da Paz terá lugar na capital norueguesa a 10 de dezembro.
No ano passado, o Nobel da Paz foi atribuído a três mulheres, a Presidente de Libéria, Ellen Johnson-Sirleaf, a também liberiana Leymah Gbowee e a ativista iemenita Tawakkul Karman.
O presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, já reagiu a este prémio e disse hoje em Bruxelas que a atribuição do Prémio Nobel da Paz 2012 à União Europeia é "uma grande honra" para os seus 500 milhões de cidadãos, Estados-membros e instituições comunitárias.
Martin Schulz, presidente do Parlamento Europeu também descreveu esta como «uma grande honra» para "todos os cidadãos" da Europa.
"Este Prémio Nobel da Paz é para todos os cidadãos", sublinhou, acrescentando também que «o ato histórico de reunificação [da Europa] foi justamente reconhecido».
Para o presidente do PE, os valores defendidos pela UE - como a dignidade humana, liberdade, democracia, respeito pelos direitos humanos, entre outros - estão subjacentes a todas as atividades internas e externas da UE.»
Via TVI 24.
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