É inaugurada no dia 20 de Março, às 18h30, na Galeria de Arte da Fundação Rui Cunha, a exposição individual do ceramista português Paulo Valentim, intitulada Segredos. Até ao dia 20 de Abril, estarão patentes 29 peças recentes da autoria do professor residente da Escola de Artes e Ofícios da Casa de Portugal em Macau, que com esta mostra se estreia a expor a título individual em Macau.
Divididos por oito séries, os trabalhos, tendo como suporte o azulejo, apresentam uma reflexão sobre aquilo que as máscaras, enquanto artefactos simbólicos, revelam e ocultam, em tradições fixadas em diferentes tempos e espaços, do esoterismo dos ritos iniciáticos às máscaras usadas em cerimónias pelos índios do Brasil, passando pelas marionetas chinesas ou pelos «caretos» da região de Trás-os-Montes, no Norte de Portugal.
De acordo com o artista, «esta exposição é um projecto com vários anos, que partiu do meu interesse por questões que me fascinam e que encontrei nas várias viagens que fiz pelo mundo, onde identifiquei sempre traços comuns nas diferentes culturas e tradições, onde as máscaras desempenham um papel importante na representação de personalidades, revelando mas também ocultando». Paulo Valentim considera que «vivemos num mundo onde o segredo e a aura de mistério têm uma importância simbólica relevante», e propõe, com a visita a esta exposição, «uma viagem em busca de uma realidade transcendente que nos acompanha para além do visível, e nos transporta a novas identidades».
Paulo Valentim nasceu em Lisboa, em 1964. Em Macau, colabora com a Casa de Portugal em Macau, leccionando cerâmica nas oficinas de artes desta estrutura associativa. Os seus trabalhos fazem parte de colecções particulares em Portugal, Espanha, França, Itália, Estados Unidos, Brasil e Macau, entre outros países e regiões.
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