quinta-feira, 2 de Agosto de 2012

Sexo no carro em polémica publicidade de imobiliária


«A história não é para piadas, mas há sempre uma forma humorística de pegar nela. Pelo menos foi essa a ideia do portal imobiliário espanhol, Idealista, que lançou em Junho um anúncio publicitário que pega na realidade dos jovens até aos 30 anos, mergulhados na crise e sem emprego, a viver em casa dos pais.

Como se consegue ter vida íntima sem casa própria? A resposta surge através de um vídeo a que chamaram “Pilladas”, com vários jovens filmados em cenas impróprias para serem feitas na via pública.

“Procurávamos uma maneira de dar a conhecer a nossa marca e o que fazemos, e queríamos encontrar um desses momentos em que se pensa: ‘Preciso de uma casa’”, explicou em comunicado o director de comunicação da Idealista, Fernando Encinar.

Depois de falarem com algumas pessoas, a equipa criativa decidiu avançar com a ideia. "Efectivamente, nesse momento, pensa-se: 'Se tivesse uma casa'... Ainda que outra reflexão habitual, nesse momento, seja: 'Vão-me apanhar'", comenta Fernando Encinar. O anúncio é exactamente a junção dos dois pensamentos.

A polémica não demorou a instalar-se, com alguns meios de comunicação a recusarem-se a passar o anúncio completo. Nada que o portal imobiliário não estivesse à espera: mesmo antes disso, informam em comunicado, criaram uma versão “censurada”, própria para ser vista 24 horas por dia.

A versão integral do anúncio, de 20 segundos, só pode passar na televisão a partir das 22 horas.

Mas não em todas: em Itália, o anúncio foi censurado nas duas versões, ainda que o Idealista garanta que tenha conseguido alcançar na mesma 150 mil visualizações. Polémicas à parte, em Espanha, o impacto da campanha foi brutal: 36 milhões de pessoas viram o “Pilladas”.

Esta semana, a Bloomberg fez mesmo notícia com a polémica, aproveitando a oportunidade para falar sobre a situação dos jovens espanhóis, que enfrentam uma taxa de desemprego à volta dos 50%, e dos mercados de venda e arrendamento de Espanha. Depois disso, a publicidade começou a espalhar-se por órgãos de comunicação de todo o mundo.»

O polémico anúncio:



A versão «censurada»:



O making of:



Ler no P3.

0 comentários:

Enviar um comentário