segunda-feira, 21 de Outubro de 2013

Melhor trabalha quem mais tempo passa a jogar


«Um estudo realizado pela Universidade de Denver, no Colorado, mostra que profissionais que jogam videojogos trabalham melhor, tem habilidades mais elevadas e retém mais informações.

O estudo foi feito com 6.476 estagiários e mostrou que aqueles que jogam possuem habilidades 14% maior em relação aos que não tinham essa prática. Além disso, o grau de conhecimento factual foi 11% superior e o de retenção 9%.

De acordo com Eline Kullock, presidente do Grupo Foco e especialista em recursos humanos e geração Y, os jogos são uma rica fonte de estimulação para a criatividade e inovação dos profissionais, já que nos jogos é preciso raciocinar estrategicamente.

"Os jogos ajudam os profissionais a aumentar a capacidade de tomar decisões rapidamente. As corporações estão a exigir cada vez mais essa habilidade, em especial, daqueles que trabalham sob pressão", diz.

Para ela, os videojogos vão além da diversão e influenciam directamente no comportamento dos colaboradores. "Quando se joga, desenvolve-se a organização de acções que precisa de realizar para conquistar os seus objectivos, além de elaborar facilmente as estratégias e a visão sobre a melhor maneira de resolver uma situação-problema."

Apesar das vantagens proporcionadas pelos videojogos, Kullock explica que o método de tentativa e erro adoptado nos jogos é vulgarmente usado no quotidiano profissional.

"A geração Y, que é o maior público jogador, tem o costume de achar que em todas as situações, inclusive nas empresas, é possível fazer o restart em alguma actividade que não tenha saído como esperado", diz.

Para a especialista, existe um risco de que esses profissionais passem a acreditar, mesmo que superficialmente, que a experiência de erro pode não trazer consequências graves porque a solução seria simplesmente recomeçar.

Os videojogos também podem ser usados como ferramenta de recrutamento e selecção de candidatos para vagas de emprego.

A PromonLogicallis, empresa que atua na área de TI que está com inscrições abertas para programa de estágio, utiliza no processo selectivo um jogo social para atrair jovens talentos. Trata-se de um simulador de ambiente de negócios que funciona como uma etapa paralela.

De acordo com Tânia Casa, directora de relações humanas, o candidato é estimulado a decidir os rumos de um projecto, com situações que avaliam habilidades comportamentais, capacidade de alocação de recursos, disposição para assumir riscos, trabalho em equipa, inovação e espírito empreendedor.

"Uma vez que compreendemos que a geração Y é o perfil de profissional e consumidor do mercado de hoje, decidimos mudar o nosso protocolo de comunicação para atrair e reter as pessoas com as competências que procuramos", diz a directora.»

Via Diário Digital.

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