terça-feira, 18 de Junho de 2013

O Super-Homem é judeu


«Do seu nome original à história da sua origem, o jornal americano The Forward dá dez razões para acreditar que o mais famoso dos super-heróis da banda desenhada era de facto judaico.

Embora haja referências claras ao Cristianismo de Clark Kent nas bandas desenhadas originais, o criador de Super-Homem era judeu e confessou, numas memórias não publicadas, que tinha sido fortemente influenciado pelo anti-semitismo, tendo baseado o super-homem em Sansão, a personagem bíblica de força sobre-humana que defendeu os israelitas dos seus inimigos.

Jerry Siegel era de um bairro 70% judeu em Cleveland e cresceu imerso na cultura judaica local. É natural, contudo, que tenha dado a Clark Kent uma identidade assumidamente cristã, para o tornar mais apelativo ao público em geral, mas há mais pistas que apontam para raízes judaicas.

Uma das mais evidentes é o nome original de Super-Homem, dado pelos seus pais ainda no Planeta Krypton. Kal-El tem uma sonoridade tipicamente hebraica, fazendo lembrar alguns dos grandes profetas, como Joel, Daniel e Samuel. Em todos os casos o sufixo “El” significa Deus. A palavra Kal, segundo o The Forward, é semelhante à palavra hebraica para “voz” ou “vaso”, pelo que Kal-El poderia ser traduzido como “A voz de Deus”.

Há ainda a história de como o Kal-El foi enviado do seu planeta antes de este ter sido destruído, salvando-se e sendo adoptado por uma família humana. Este relato é muito parecido com o de Moisés, também enviado pelos seus pais para evitar ser morto e salvo por uma família egípcia, que o criou. Como Moisés, Kal-el, que na Terra recebe o nome Clark Kent, apenas descobre a sua verdadeira identidade mais tarde.

Curiosamente, como aponta o jornal americano, os primeiros a notar os laços judaicos de Super-Homem foram os nazis. Em 1940, num artigo do jornal das SS, uma força de elite do III Reich, Jerry Siegel foi descrito como “um indivíduo circuncidado, intelectual e fisicamente, com sede em Nova Iorque”. O artigo conclui que tanto o autor como a sua criação trabalhavam em conjunto para “semear o ódio, a suspeita, o mal, a preguiça e a criminalidade nas mentes dos jovens americanos”.»

Via Renascença.

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