Título em Portugal: Amor
Género: Drama/Romance
Duração: 127 minutos
Orçamento: 7,29 Milhões
Realização: Michael Haneke
Produção: Margaret Ménégoz, Stefan Arndt, Veit Heiduschka, Michael Katz
Argumento: Michael Haneke
Elenco: Jean-Louis Trintignant, Emmanuelle Riva, Isabelle Huppert
País: Áustria/França/Alemanha
Língua: Francês
É sabido que Hollywood não gosta particularmente de incluir filmes estrangeiros na sua lista de nomeados para melhor do ano, pelo que, sempre que lá surge um, podemos ter a certeza que é realmente bom. Basta lembrar os casos de La Vita è Bella ou The Artist, ambos extraordinários exemplos de cinema.
Amour é um filme diferente destes, e de forma alguma será um sério candidato ao Óscar de Melhor Filme, mas não deixa de ser uma excelente obra e a sua inclusão no prestigiado lote uma merecida homenagem à carreira de Michael Haneke, que já em 2009 deu que falar, com o impressionante Das weiße Band.
O enredo de Amour é bastante simples. Georges e Anne são um casal de octogenários a viver na tranquilidade da reforma até ao dia em que Anne sofre um grave problema de saúde e se vê remetida a uma cadeira de rodas, com o lado esquerdo do corpo paralisado. Cabe a Georges cuidar dela, vendo-a definhar de dia para dia, naquele que é um verdadeiro teste ao amor que os une.
Haneke conduz Amour com um ritmo lento e um ambiente quase claustrofóbico, levando a que inevitavelmente nos coloquemos no papel de ambos os personagens e nos questionemos se seríamos capazes de amar assim. De facto, e apesar de muito se falar de Django Unchained, é na nossa opinião a Amour que cabe o título de filme mais violento do ano.
Ah, e conta com a nossa Rita Blanco. Durante quase dois minutos.
Texto: Tiago Matos
Artigo publicado na edição #18 da Revista 21
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