sábado, 19 de Outubro de 2013

Entrevista 21: Quark Girl


O primeiro ensaio que a Revista 21 publicou em 2012 foi, na verdade, uma colecção de imagens do fotógrafo Quark, todas elas tendo por protagonista a sua própria namorada. Revelamos esta modelo de 33 anos apenas com o nome de «Quark Girl», mas podem sempre saber mais na entrevista que se segue.

Por: Tiago Matos
Fotografia: Quark

Quando me olho ao espelho, vejo...
Uma mulher segura, realizada e cheia de sonhos. E muito romântica.

Tenho como principal ambição...
Actualmente estamos à procura da situação ideal para um novo ensaio que sonhamos há anos. O tema? Uma atmosfera vintage e o filme Casino como inspiração. A Sharon Stone, como Ginger, está muito sensual nesse filme. Vamos precisar de muitas jóias, um casaco de pele branco, o local ideal, algumas tacinhas de champanhe... Fora isso, não tenho planos a longo prazo. A vida muda as nossas cartas a todo o instante. Temos de jogar com as que temos.

A minha maior conquista até hoje...
Consegui grandes resultados como modelo comercial, com várias campanhas para marcas importantes. Hoje estou mais calma nessa área, dedicando-me a projectos pessoais. Sem dúvida que a minha principal conquista é a minha família.

O grande problema da sociedade é...
A falta de amor. Tudo o que é feito com a pura essência do amor tem a presença de Deus.

Não há nada mais sensual que...
Uma mulher com atitude, determinada. Adicione-se um sapato alto e uma lingerie preta, um champanhe para dar coragem, e o seu companheiro estará nas suas mãos... O meu está [risos]. Num homem, acho sensual a inteligência, a postura, a segurança. Um homem que sabe o que fala, sem aquela ânsia de se destacar a qualquer custo, pois isso acontece naturalmente. Olhar expressivo, ombros largos... E muito bom humor.

Poucos o sabem sobre mim, mas...
Morro de ciúmes quando o meu companheiro fotografa outras modelos. Imagino o que passa na cabeça dele. Se bem que, no fundo, até tem um lado excitante...

A nudez é...
Maravilhosa. E absolutamente normal. Estou ciente do que a nudez provoca nas pessoas, mas a maldade está nos olhos de quem vê. Essa imaginação, essa fantasia, esse sonho, enfim, toda esta magia que a nudez transmite, é inexplicavelmente espectacular. Se pudesse, andava sempre nua por aí. Mas não sei se as pessoas iriam gostar. Aliás, o meu uniforme para andar em casa é a minha aliança e um perfuminho. O meu companheiro anda sempre a fechar as janelas [risos].

Ser capa da Revista 21 é...
Um reconhecimento, principalmente para o meu companheiro, que ama a infinita beleza do corpo feminino. Ele coloca absolutamente todo o amor que sente nessas fotos. Começou de forma bastante amadora, e ao longo dos anos os resultados foram aparecendo. Com dedicação, críticas, erros (muitos, por sinal) e acertos. Mas ainda temos muito que aprender e melhorar. Aguardem os novos ensaios.

No futuro pretendo...
No imediato estamos em busca do ensaio ideal, da foto perfeita. Vai ser difícil, talvez impossível, pois somos perfeccionistas. Depois, quem sabe algum concurso de fotografia, alguma exposição, um convitezinho de alguma revista...

Aproveito ainda para dizer que...
Você, fotógrafo amador, que se sente esquecido e está em busca de um reconhecimento da sua arte, não desista, não apele, não se rebaixe. Acredite nos seus valores, no bom senso, no bom gosto, no respeito. Persevere. E, principalmente, faça tudo com muito amor. A sua hora vai chegar. Agradeço à Revista 21 pela oportunidade e ao André Brito, mestre do nu, pelas dicas e incentivos.


Entrevista publicada na edição #05 da Revista 21

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