«O britânico Max Mosley, ex-presidente da FIA (Federação Internacional de Automobilismo), entrou com uma acção num tribunal de Hamburgo, na Alemanha, para exigir que o Google bloqueie as suas fotos no meio de uma orgia com temática supostamente nazi. As imagens foram publicadas há quatro anos e foram divulgadas pelos jornais britânicos.
Mosley, de 72 anos, foi apanhado em 2008 por uma câmara escondida que mostrou uma orgia sadomasoquista com prostitutas vestidas de militares e prisioneiros. O News of the World divulgou as imagens e o depoimento de uma das mulheres, que confirmou ter sido obrigada a usar roupas e acessórios nazis.
O ex-presidente da FIA negou que a orgia teve inspiração nazi, e chegou a ganhar uma acção na Justiça contra o News of the World, que lhe pagou uma indemnização de 75 mil euros.
Na audiência em Hamburgo, o próprio tribunal considerou ilegal a difusão das imagens comprometedoras, e os advogados de Mosley sugeriram que o Google usasse um software para filtrar as fotos e evitar o acesso no motor de busca.
No entanto, os representantes do Google afirmaram que não é possível atender a esse pedido, porque seria um "acto de censura inviável" e, além disso, abriria precedentes para que qualquer utilizador fizesse a mesma solicitação.
Os advogados de Mosley rebateram e disseram que a medida seria um precedente favorável "a todas as pessoas que não podem defender-se como ele", e consideraram que a filtragem do conteúdo é "tecnicamente possível".
O tribunal só divulgará a sentença em 2013, mas adoptou uma postura favorável a Mosley. O juiz lembrou que o Google já tem um mecanismo para bloquear conteúdos de pedofilia, e discordou dos advogados do Google, que disseram que o tribunal de Hamburgo não teria competência para julgar o caso porque o dirigente é britânico e a empresa é sediada nos Estados Unidos.»
Via Diário Digital.
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