«Não, não se trata de um escândalo envolvendo a cantora. É outra coisa: o álbum de Katy Perry é mau, pelo menos para o ambiente. É o que as autoridades australianas invocam. Paradoxos: o álbum da cantora americana, intitulado Prism, ocupa o 1.º lugar do top de vendas no país, mas o pacote de sementes de flores que o acompanha está sob investigação das autoridades agro-pecuárias e a sua importação foi proibida.
Isso mesmo. Ao que parece o problema é que o álbum é acompanhado por um pequeno pacote de sementes de flores, pondo em causa a rígida regulamentação do que pode ou não entrar no país. Diz a lei inflexível que “sementes ou material orgânico alheio ao ecossistema da Austrália constituem um risco para o meio ambiente e para a biossegurança.”
Parece apenas uma história divertida. Bem, é um pouco. Mas no país o assunto é sério, porque as espécies invasoras são uma grande preocupação no contexto de ecossistemas isolados, precisamente porque a Austrália foi acolhendo ao longo de décadas imensas plantas e animais, artificialmente introduzidas, que acabaram por criar diversos problemas ambientais.
No caso do CD de Katy Perry, face ao que a lei impõe, um organismo do Governo expediu de imediato um auto de interdição que barra o ingresso de exemplares de Prism produzidos no exterior. Diga-se que a proibição não atinge os CDs feitos na Austrália. É que aí podem ser produzidos com recurso à semente conhecida como margarida australiana.»
Via Público.
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