«O romance Os Maias, de Eça de Queiroz, vai ser continuado por seis escritores portugueses, numa narrativa que irá de 1888 a 1973.
Os Novos Maias inicia-se precisamente no ano seguinte ao que Eça de Queiroz terminou o seu romance com uma cena em que Carlos da Maia e o amigo João da Ega afirmam que "não vale a pena correr para nada" e acabam por correr para apanhar um elétrico que os leve a um jantar para o qual estão atrasados.
A iniciativa de dar continuidade à obra-prima de Eça de Queiroz, é do semanário Expresso que comemora 40 anos, contando com o apoio da Fundação Eça de Queiroz, e os escritores convidados são José Luís Peixoto, José Eduardo Agualusa, Mário Zambujal, José Rentes de Carvalho, Gonçalo M. Tavares e Clara Ferreira Alves.
A partir de 3 de agosto com a edição do semanário é publicado um fascículo de Os Novos Maias.
"Os Maias termina com o regresso de Carlos da Maia a Portugal e o assumir de que foi um falhado da vida, agora é a hora de perceber o que aconteceu depois", disse à Lusa fonte do semanário.
"A cada autor foi destinado um período de tempo histórico e cada capítulo tem como pivô a personagem Carlos da Maia. Cada um será responsável por o encadear da história até ao ano de 1973, em vésperas do 25 de abril, e no ano em que foi fundado o semanário", disse a mesma fonte.
O romance de Eça de Queiroz foi publicado em 1888 no Porto, e a par da saga de uma família narra o amor incestuoso entre Carlos da Maia e Maria Eduarda. O romance de Eça decorre na segunda metade do século XIX, e tem por fundo a história de três gerações da família Maia, que tinha o palacete O Ramalhete, às Janelas Verdes, em Lisboa, e ainda várias quintas, entre elas, uma em Benfica e outra na Tojeira, que venderam, e a de Santa Olávia, na região de Resende, próxima do rio Douro.»
Via Diário Digital.
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