Título em Portugal: Os Miseráveis
Género: Drama/Romance/Musical
Duração: 157 minutos
Orçamento: 61 Milhões
Realização: Tom Hooper
Produção: Tim Bevan, Eric Fellner, Debra Hayward, Cameron Mackintosh
Argumento: William Nicholson, Alain Boublil, C. M. Schönberg, Herbert Kretzmer
Elenco: Hugh Jackman, Russell Crowe, Anne Hathaway, Amanda Seyfried
Tagline: Fight. Dream. Hope. Love.
As grandes histórias são imortais, pelo que, apesar de já ter sido adaptada vezes sem conta ao cinema e ao teatro, Les Misérables não perde o encanto que a tornou um clássico. Pelo contrário. Tom Hooper é capaz de ter criado a melhor versão de sempre do romance ao optar por cortar grande parte das dissertações sociopolíticas de Victor Hugo (que sem dúvida escrevia demais, ou não contasse a obra original com mais de 1900 páginas), baseando-se mais na estrutura do musical dos anos 80.
É um filme que talvez se estranhe de início. Afinal, os musicais são estranhos. Não estamos habituados a que as pessoas cantem no seu dia-a-dia, pelo que nos instantes iniciais encaramos o ecrã sem saber se estamos perante o melhor ou o pior filme de sempre. Especialmente quando Russell Crowe dá à garganta. A coisa acaba contudo por se entranhar logo que aceitamos aquele estranho mundo. Um pouco à semelhança de Moulin Rouge! ou The Rocky Horror Picture Show.
O filme, como o livro, tem no segundo acto menor pujança que no primeiro, mas o final é muito forte e tem uma primeira metade fabulosa, repleta de grandes interpretações, a melhor das quais a de Anne Hathaway, que, como se diz em inglês, steals the show. Um grande filme.
Texto: Tiago Matos
Artigo publicado na edição #18 da Revista 21
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