«Um anúncio de uma linha de produtos para o cabelo da Axe, marca conhecida sobretudo pelos desodorizantes, está a ser acusada de ser extremamente machista, ao simbolizar um homem e uma mulher como, respectivamente, uma cabeça coberta de cabelo e dois seios.
O anúncio, chamado Office Love [Amor no Escritório], mostra a atracção mútua entre os dois colegas, que acabam por nunca conseguirem falar, até ao desfecho final.
"O cabelo é a primeira em que as mulheres reparam num homem", lê-se no final do anúncio, quando a mulher deixa de ser apenas um par de seios.
As campanhas publicitárias da Axe são muitas vezes consideras exemplos de machismo, sendo dirigidas a um público-alvo quase exclusivamente masculino.»
Ler no Correio da Manhã.
3 comentários:
Não vejo onde está esse machismo no video. Se a Axe é orientada para homens, por que é que tem de ser diferente? Acaso alguém já se queixou do feminismo que representam as publicidades da Triumph, da Victoria Secrets ou da Pandora?
Isto representa sim mais um chavão do "progressismo moderno" ou seja, o que é dirigido para homens tem que respeitar sempre as sensibilidades femininas, já o que é só para mulheres não precisa de respeitar outras sensibilidades. Por que é só para mulheres!
Que hipocrisia...
Eu vejo, sim, muito machismo nessa propaganda. Isso está escancarado; só um desavisado não o perceberia. A questão que Martini levanta tem sentido para se refletir, mas é preciso lembrar uma coisa, um pequenino detalhe: FEMINISMO NÃO É FEMISMO; portanto, o feminismo NÃO é uma mera, uma simplória inversão do machismo e sim uma luta política legítima (séria e com fundamentação teórica) a favor não apenas da valorização da dignidade da mulher enquanto sexo biológico e da feminilidade enquanto um conjunto variado de expressões de gênero, mas também das reivindicações pelo respeito e pela isonomia de grupos sociais historicamente hierarquizados sob o modelo hegemônico de masculinidade branca, rica e heterossexual (ou, pelo menos, que assim se pressupõe). Quando falamos de publicidades que rotulam a mulher como consumista obsessiva, de mentalidade invariavelmente estética ou designada sempre aos afazeres domésticos (como costumam ser as propagandas "destinadas à mulher"), não estamos falando, LOGICAMENTE, de uma "ideologia feminista" subjacente; pelo contrário, o movimento feminista também combate esse tipo de atitude, mesmo porque a estereotipação dos desejos, das necessidades e das "funções" da mulher na sociedade serve estrategicamente como um véu amenizante sobre a desigual realidade entre masculinidade e feminilidade (e demais gêneros), mantendo-se, assim, a relação de poder naturalizada. É certo que, com o feminismo, houve muitos avanços ao longo da história (em especial, a partir da segunda metade do século passado), porém esses avanços não se devem a uma inocente "boa vontade" do sistema: são frutos de um importante e árduo processo (portanto, ainda ocorre) de conscientização de determinados setores da sociedade sobre palavras de ordem como democracia, libertação e autonomia.
Não há uma competição maniqueísta, como muitos colocam (na tentativa de destituir o movimento feminista de sua significação social, é claro)... O feminista não é contra o homem ou o masculino, mas contra muitas formas de nossa cultura de se conceber o homem e o masculino.
Feminismo é um eufemismo para femismo. É a mesma coisa, lembram das propagandas da Bombril. Existe rancor, difamação do masculino, essas teoria idiotas de cultura do estupro, como se os meninos fossem ensinados pelos pais a estuprar!!! É tudo merda que saiu do feminismo. Então, não tem diferença nenhuma do femismo.
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