Género: Biografia/Drama/História
Duração: 134 minutos
Orçamento ($): 20 Milhões
Realizador: Steve McQueen
Argumento: John Ridley
Elenco: Chiwetel Ejiofor, Michael Fassbender, Lupita Nyong'o
Tagline: The extraordinary true story of Solomon Northup.
SINOPSE OFICIAL
Na pré-Guerra Civil dos Estados Unidos, Solomon Northup (Chiwetel Ejiofor), um homem negro livre de Nova Iorque, é raptado e vendido como escravo. Enfrentando a crueldade (personificada por um malévolo dono de escravos, interpretado por Michael Fassbender) mas também momentos de inesperada bondade, Solomon luta não só para se manter vivo, mas para preservar a sua dignidade.
LUGAR NOS ÓSCARES
Não é novidade que a Academia tem uma certa predilecção por filmes sobre racismo e, em especial, sobre escravatura. Nem é preciso retroceder muito no tempo para encontrar provas disso: só nos últimos dois anos, pertenceram aos seus nomeados películas como Lincoln, Django Unchained ou The Help. Mas se a proliferação de filmes do género tem o seu lado positivo, não deixando esquecer um dos eventos mais tenebrosos da História dos Estados Unidos, acabam também por soar, pelo menos a alguns gostos, algo cansativas e desinspiradas. Por aí se percebe que as nove nomeações de 12 Years a Slave na 86.ª edição dos Óscares tenham, na generalidade, sido recebidas com um bocejo, do género «Lá está a hipócrita da Academia a tentar fazer as pazes com a comunidade negra outra vez». E até pode ser que sim, mas é errado misturar as coisas. A história de 12 Years of Slave vale por si só, e Steve McQueen e companhia fazem um excelente trabalho ao transpô-la para o grande ecrã. É, merecidamente, um dos grandes candidatos à vitória deste ano.
PRINCIPAIS DESTAQUES
Chiwetel Ejiofor desempenha na perfeição o papel principal, assim como Lupita Nyong'o o de escrava obrigada a ceder às vontades sexuais do seu «mestre». São bem merecedores das respectivas nomeações com as quais a Academia os agraciou. Reside, porém, em Michael Fassbender a melhor interpretação da película, no papel de um quase sempre brutal e desequilibrado dono da plantação em que ambos trabalham. O argumento é outro dos pontos fortes, consistente e bem estruturado, mantendo o ritmo e a emoção ao longo das mais de duas horas de filme. De realçar ainda uma espantosa (ainda que difícil de ver) cena na qual Patsy (Lupita Nyong'o) é chicotada contra uma árvore. Possivelmente a mais emotiva de todo o filme.
AVALIAÇÃO FINAL: 8/10
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