quinta-feira, 23 de Janeiro de 2014

Stress na gravidez eleva chances de homossexualidade?



«Um livro recém-lançado por um neurologista sugere que o stress na gravidez elevaria as probabilidades de uma criança nascer homossexual. Segundo o holandês Dick Frans Swaab, autor de We are our Brains (Spiegel & Grau, 448 páginas), a homossexualidade estaria ligada a uma mudança na composição hormonal e na formação do cérebro. Nesse sentido, o neurologista acredita que fumar ou ingerir drogas na gravidez pode influenciar na formação da sexualidade do feto.

"Mulheres grávidas que sofram de stress têm maior hipótese de dar à luz bebés homossexuais, porque os níveis elevados da hormona do stress cortisol afectam a produção de hormonas sexuais fetais», escreve Swaab.

A abordagem de Swaab, professor emérito de neurobiologia da Universidade de Amesterdão, parte do pressuposto de que a sexualidade é determinada no útero e não pode ser alterada, contrariando uma visão partilhada por muitos especialistas de que a orientação sexual é uma escolha individual.

"Embora seja frequente ouvirmos que o desenvolvimento após o nascimento também afecte a orientação sexual, não há absolutamente nenhuma prova científica disso", vaticina Swaab.

Para exemplificar a sua tese, Swaab cita o caso de uma droga prescrita a dois milhões de mulheres para evitar abortos nas décadas de 40 e 50 que, segundo ele, aumentou as probabilidades de bissexualidade e homossexualidade nos recém-nascidos. "A exposição à nicotina e à anfetamina durante a gravidez eleva as hipóteses de a mãe gerar uma filha lésbica", afirma o holandês.

O neurocientista também acredita que as probabilidades de que um bebé se torne homossexual são maiores quando a mãe já gerou filhos homens antes. "Isso deve-se à resposta imunológica da mãe às substâncias masculinas produzidas por bebés do sexo masculino no útero. Essa reacção torna-se cada vez mais forte durante cada gravidez", acrescenta Swaab.

Há mais de cinco décadas a pesquisar a anatomia e a fisiologia do cérebro, o holandês, que colecciona diversos prémios no seu currículo, é um crítico voraz do chamado "livre-arbítrio" humano, e muitas das suas teses têm causado polémica. O neurologista acredita que o cérebro é pré-programado durante a gravidez, influenciando as decisões de um indivíduo durante toda a sua vida, desde as suas experiências emocionais às suas preferências religiosas.»

Via Diário Digital.

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