«A revista satírica francesa Charlie Hebdo publicou esta quarta-feira uma biografia em banda desenhada de Maomé, fundador do islamismo.
"É uma biografia autorizada pelo Islão uma vez que foi editada por muçulmanos", disse o editor da revista, Stephane Charbonnier, que fez as ilustrações do livro intitulado A Vida de Maomé.
Charbonnier disse ter tido a ideia de fazer este livro em 2006, quando um jornal dinamarquês publicou caricaturas de Maomé, mais tarde republicadas pela Charlie Hebdo, o que desencadeou violentos protestos em vários países muçulmanos.
"Não penso que os muçulmanos encontrem nada inapropriado" no livro, afirmou o editor e ilustrador, citado pela agência France Presse.
"Antes de nos rirmos com um personagem, devemos conhecê-lo. Por muito que saibamos da vida de Jesus, não sabemos nada sobre Maomé", disse.
A Charlie Hebdo publicou em várias ocasiões caricaturas do profeta do Islão em nome da liberdade de expressão. Tais publicações indignam muitos muçulmanos que consideram sacrilégio qualquer representação do profeta.
Em Setembro, a revista publicou caricaturas de Maomé nu, em resposta aos protestos violentos em vários países muçulmanos por causa de um filme norte-americano de baixo orçamento considerado insultuoso para o profeta.
Nessa altura, as instalações da Charlie Hebdo foram atingidas com uma bomba incendiária e o seu site pirateado. Charbonnier recebeu várias ameaças de morte e tem estado desde então sob protecção policial.»
Via Correio da Manhã.
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