«Os produtores de Django Libertado, o filme de Quentin Tarantino, ordenaram na sexta-feira a interrupção da produção de bonecos baseados no filme após as muitas críticas de que estes eram ofensivos para os afro-americanos.
Os bonecos fazem parte do merchandising oficial e foram criados para todos os filmes de Tarantino, incluindo o anterior, Inglorious Basterds (2009), que se centrava na Segunda Guerra Mundial e tinha como personagens principais um líder nazi e um grupo de judeus. São bonecos aconselhados a "maiores de 17 anos", sublinha a produtora do filme, Weinstein Co.
Apesar disso, após as críticas e na sequência de toda a polémica que tem envolvido este novo filme, a companhia decidiu retirar os bonecos: "Temos um tremendo respeito pelos espetadores e nunca foi nossa intenção ofender ninguém", diz o comunicado.
A ação do filme passa-se na zona sul dos Estados Unidos, no século XIX, e envolve a luta pela libertação dos escravos. Mas com muito sangue e violência explícita, ao som de hip hop contemporâneo. Os bonecos, com cerca de 20 centímetros, representam as várias personagens do filme, como Django, o escravo libertado, a sua mulher e o cruel dono da plantação, Candie.
O fabricante, NECA, tinha produzido apenas mil unidades mas assim que chegaram ao mercado as reações não se fizeram esperar. A Rede Nacional de Ação, liderada por Al Sharpton, considerou que "vender estes bonecos é bastante ofensivo para os nossos antepassados e toda a comunidade afro-americana", de acordo com K.W. Tulloss, citado pelo New York Daily News. "O filme é para adultos mas os bonecos podem ser para crianças. Não queremos que as pessoas os usem para divertimento ou para brincar com a escravidão."»
Via Diário de Notícias.
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