Título: O Ano da Morte de Ricardo Reis
Autor: José Saramago
Edição: BIS
Género: Literatura
Formato: 12,5 x 19 cm
Ano: 2012 | Original: 1984
PVP 9,95 € | Páginas: 400
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Autor: José Saramago
Edição: BIS
Género: Literatura
Formato: 12,5 x 19 cm
Ano: 2012 | Original: 1984
PVP 9,95 € | Páginas: 400
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SINOPSE
Partindo das pistas biográficas de Ricardo Reis registadas pelo próprio Fernando Pessoa – um médico que se expatriara desde 1919 no Brasil, por motivos políticos –, José Saramago imagina a personagem no seu regresso a Portugal em Dezembro de 1935, descrevendo o seu quotidiano nos nove meses anteriores à sua morte.
SOBRE O AUTOR
Ficcionista, cronista, poeta, dramaturgo, José Saramago foi o primeiro autor de língua portuguesa a ser consagrado com o Prémio Nobel da Literatura, em 1998. Morreu a 18 de Junho de 2010, aos 87 anos.
OPINIÃO
Goste-se ou não, a verdade é que ninguém fica indiferente aos livros de José Saramago. Porém, ao opinar sobre o escritor, a maioria dos seus críticos prefere centrar-se na questão do estilo, nos parágrafos intermináveis, repletos de vírgulas, na ausência de marcas formais de diálogo ou pontos de interrogação. Muitas vezes sem sequer terem avançado efectivamente para a leitura de um dos seus livros. E depois há ainda a questão de ser um dos autores «obrigatórios» do actual plano escolar. Bem se sabe que só não cansa quem corre por gosto. Assim se explicam os anticorpos de muitos ao autor.
Pois bem, na necessidade de esclarecer as coisas, até para quem nunca leu um livro deste nosso Nobel da Literatura, há que dizer que é tudo verdade. É de facto um estilo de escrita muito particular, denso, labiríntico e por vezes difícil de ler, para além de não ser rigoroso no respeito a pontos de vista ou tempos verbais. A questão é que funciona. Aliás, é precisamente isso que lhe possibilita o devaneio poético que tão bem caracteriza algumas das suas histórias.
Por falar em histórias, O Ano da Morte de Ricardo Reis, que a BIS acabou de reeditar como livro de bolso, é uma das suas melhores. Nela, o protagonista é o próprio heterónimo de Fernando Pessoa, que continua vivo mesmo após a morte do seu «criador». Regressado a Lisboa, instala-se num hotel e acaba por se envolver num triângulo amoroso com duas mulheres, Lídia e Marcenda, ao mesmo tempo que é visitado pelo espírito de Pessoa. Uma narrativa original que encerra uma visão mordaz da sociedade e cujo mérito e beleza – podem confiar – não depende de estilos.
PÚBLICO-ALVO
Mais não seja pelo protagonista, é um livro que agradará não só aos fãs de José Saramago mas também aos de Fernando Pessoa. Também os entusiastas da literatura de índole mais filosófica, como, por exemplo, a de Vergílio Ferreira, terão razões para apreciar a obra.
Texto: Tiago Matos
Artigo publicado na edição #15 da Revista 21
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