«O segundo volume de As aventuras de Dog Mendonça e Pizzaboy, de Filipe Melo e Juan Cavia, foi eleito o melhor álbum português de banda desenhada pelo Festival Internacional de BD da Amadora. O escritor David Soares foi distinguido com o prémio de melhor argumento, no livro O pequeno deus cego, e Ricardo Cabral recebeu o prémio de melhor desenho, pela obra Pontas Soltas: Cidades.
Todos os anos, o festival AmadoraBD distingue as melhores obras de banda desenhada portuguesas e estrangeiras, publicadas no mercado nacional ao longo dos últimos meses, e os vencedores deste ano foram anunciados este sábado, numa cerimónia nos Recreios da Amadora.
As extraordinárias aventuras de Dog Mendonça e Pizzaboy - Apocalipse é o segundo volume de uma banda desenhada do argumentista e músico português Filipe Melo, com desenho do argentino Juan Cavia, editado no final de 2011 pela Tinta da China. Com prefácio do realizador George Romero, o livro retoma os protagonistas do primeiro volume, também já premiado no Amadora BD: o detective Dog Mendonça e Eurico Catatau, um antigo distribuidor de pizzas, que enfrentam novamente as forças do oculto em Lisboa, mas desta vez num cenário bíblico do fim do mundo.
O prémio de melhor argumento segue para o escritor David Soares, por causa de O pequeno deus cego, com desenho de Pedor Serpa e edição da Kingpin Books, protagonizado por Sem-Olhos, um menino cego que a mãe educou para ser uma menina.
Ricardo Cabral, que venceu no ano passado este mesmo prémio com Newborn - 10 Dias no Kosovo, é agora distinguido com Pontas Soltas: Cidades (Edições Asa), narrativas curtas em forma de banda desenhada sobre cinco cidades, num registo com traços autobiográficos.
Além destas categorias, o festival AmadoraBD distinguiu também a novela gráfica Blankets, de Craig Thomspon, como melhor álbum estrangeiro, e o quinto volume da série Mutts, de Patrick Macdonell, protagonizadas pelo cão Earl e o gato Mooch, como melhor álbum de tiras humorísticas.
Madalena Matoso, já distinguida com o Prémio Nacional de Ilustração, vê premiado o seu trabalho em Todos fazemos tudo (Planeta Tangerina), como melhor ilustração de livro infantil. Sangue violeta e outros contos (El Pep), de Fernando Relvas, livro que recupera as bandas desenhadas que o autor publicou no semanário Se7e nos anos 1980, foi eleito o melhor clássico da nona arte. O prémio de melhor fanzine foi para Fábrica, baldios, fé e pedras atiradas à lama, coordenada por Tiago Batista e editada pela Oficina do Cego.
A 23.ª edição do Festival Internacional de Banda Desenhada da Amadora, que tem este ano como tema central a autobiografia, termina no dia 11.»
Via Público.
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