«Os pais de um jovem de 17 anos, vítima mortal de atropelamento, mal podem acreditar que a mulher que matou o seu filho decidiu mover um processo judicial contra o morto, exigindo uma indemnização pelo "stress" causado pelo acidente.
"Sinto que alguém me deu um pontapé no estômago", comentou o pai do jovem, Derek Majewski. "Às vezes faz o meu sangue ferver", contou.
A 28 de Outubro de 2012, o jovem Brandon Majewski saiu de bicicleta com dois amigos para irem comer cachorros quentes, por volta da 1h30, numa noite de piso escorregadio. Na viagem, a condutora de um SUV embateu por trás e provocou a morte de Brandon, enquanto outro amigo, Richard McLean, de 16 anos, ficou com ferimentos sérios, incluindo vários ossos partidos. O terceiro jovem foi derrubado da sua bicicleta mas escapou apenas com arranhões, de acordo com o TorontoSun.com.
A condutora, Sharlene Simon, de 42 anos, decidiu mover um processo pelo "trauma emocional" provocado pelo acidente. Além de Brandon, Sharlene está a processar os outros dois rapazes envolvidos no acidente, os pais de Brandon, e até o irmão mais velho do falecido, que entretanto também morreu, durante o período de luto. A mulher também quer processar o Condado de Simcoe pelo estado da rodovia onde teve lugar o acidente fatal.
Uma intenção que chocou até o advogado da família. "Em todos os meus anos de advogado, nunca tinha visto ninguém processar uma criança que atropelou", disse o advogado Brian Cameron. "Não consegui dizer-lhes pelo telefone [que a mulher queria processar o rapaz]".
"Ela matou o meu filho e agora quer lucrar com isso?", questionou a mãe do miúdo, Venetta Mylnczyk. "Digam-lhe para espreitar para dentro da minha cabeça, e verá dor, verá pânico, verá pesadelos", comentou.
A condutora que matou o jovem pede agora uma indemnização de 1,35 milhões de dólares (cerca de 975 mil euros) pelos "danos emocionais" que incluem depressão, ansiedade, irritabilidade e stress pós-traumático. Sharlene culpa os rapazes por "negligência". "Eles não travaram adequadamente", alega o documento do processo. "Eles eram ciclistas incompetentes".
Um relatório policial mostra que a mulher admitiu que ia em excesso de velocidade naquela estrada de duas faixas. A condutora assegura que não viu os rapazes ou o equipamento reflector de segurança, que "brilha" quando recebe luz dos faróis das outras viaturas. O mesmo relatório aponta que não foi feito o teste do balão, mas as autoridades não tinham suspeitas de abuso de substâncias por parte de Sharlene.
A família de Brandon também moveu um processo contra a mulher para cobrir as despesas médicas/funerárias das vítimas do acidente. "Sharlene Simon falhou na tarefa de se esforçar para evitar uma colisão que ela viu, ou deveria ter visto, que estava prestes a acontecer", refere o documento. "Ela estava a operar um veículo a motor enquanto estava embriagada", acrescenta. No entanto, nenhuma destas alegações do processo da família foi confirmada ainda em tribunal.»
Via Diário Digital.
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