«A atriz Evan Rachel Wood desabafou no seu perfil no
Twitter na quinta-feira, 28, após saber que uma cena de sexo oral da sua personagem no filme
Charlie Countryman foi cortada.
A atriz acusou a Motion Picture Association of America (MPAA), entidade que representa os maiores estúdios de Hollywood, de ser machista, pois considera que se a cena fosse com os papéis invertidos tal situação não aconteceria.
A sequência cortada é uma cena em que a personagem de Evan Rachel Wood recebe sexo oral do personagem Charlie, vivido por Shia LaBeouf.
O filme chegou a ser exibido integralmente no Festival de Sundance deste ano, mas voltou à sala de edição para ajustes finais antes de entrar em cartaz.
A indignação da atriz é ainda maior pelo facto de outras cenas, contendo sequências repletas de violência, terem permanecido sem cortes.
"Ao ver o novo corte de
Charlie Countryman, gostava de partilhar a minha desilusão com a MPAA, que achou ser necessário censurar a sexualidade de uma mulher mais uma vez. A cena em que os dois personagens principais fazem amor foi alterada porque alguém sentiu que ver um homem fazer sexo oral numa mulher deixava as pessoas 'desconfortáveis', mas as cenas em que as pessoas são mortas com as cabeças a explodir ficaram intactas e inalteradas. Este é um sintoma de uma sociedade que quer envergonhar as mulheres e diminuí-las por gostarem de sexo, especialmente quando,
uau, o homem não chega ao orgasmo também! Para mim, é difícil de acreditar que (a cena) teria sido cortada se os papéis fossem invertidos. Ou se a personagem feminina tivesse sido violada. É hora de as pessoas crescerem. Aceitem que as mulheres são seres sexuais. Aceitem que alguns homens gostam de dar prazer a uma mulher. Aceitem que a mulher não precisa apenas ser fodida e agradecer. Nós temos o direito e o dever de nos darmos prazer. É hora de nos manifestarmos", escreveu a atriz.»
Via
Lux.
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