segunda-feira, 18 de Março de 2013

Amuleto (Roberto Bolaño)


Amuleto
Por: Roberto Bolaño
Edição: Quetzal
Título original: Amuleto
Páginas: 176
PVP: 15,50 €
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Escrito em 1999, Amuleto marca o retorno de Roberto Bolaño às livrarias nacionais. Os três primeiros parágrafos da história são, no mínimo, curiosos, deixando vontade de ler mais:

Esta vai ser uma história de terror. Vai ser uma história policial, uma narrativa de série negra e de terror. Mas não parecerá. Não parecerá porque sou eu que a conto. Sou eu que falo e por isso não parecerá. Mas no fundo é a história de um crime atroz.

Eu sou amiga de todos os mexicanos. Podia até dizer: eu sou a mãe da poesia mexicana, mas o melhor é não dizê-lo. Conheço todos os poetas e todos os poetas me conhecem a mim. Por isso podia até dizê-lo. Podia dizer: sou a mãe e sopra um zéfiro danado há séculos, mas é melhor não dizer. Podia dizer, por exemplo: conheci Arturito Belano quando ele tinha dezassete anos e era um menino tímido que escrevia peças de teatro e poesia e não sabia beber, mas seria de alguma forma uma redundância e a mim ensinaram-me (com um chicote ensinaram-me, com uma vara de ferro) que as redundâncias sobram e que o argumento por si só é suficiente.

O que eu posso dizer, sim, é o meu nome.

Leia abaixo a sinopse de Amuleto:
A voz arrebatadora de Auxílio Lacouture narra um crime atroz e longínquo, que só será desvelado nas últimas páginas deste romance - no qual, de resto, não escasseiam crimes do quotidiano e crimes da formação do gosto artístico.

Uruguaia de meia-idade, alta e magra como Dom Quixote, Auxilio ficara escondida na casa de banho das mulheres durante a ocupação da Faculdade de Letras pela polícia, no México, em 1968. Nesses dias, os lavabos que lhe serviram de esconderijo converteram-se num túnel do tempo, a partir do qual se poderá avistar os anos vividos no México e os anos por viver.

No seu discurso rememora a poeta Lilian Serpas, que foi para a cama com Che, e o seu desafortunado filho; os poetas espanhóis León Filipe e Pedro Garfias, a quem auxílio serviu como empregada doméstica voluntária; a pintora catalã Remedios Varo e a sua legião de gatos; o rei dos homossexuais da colónia Guerrero e o seu reino de terror gestual; Arturo Belano, uma das personagens centrais de Detetives Selvagens; e a última imagem de um assassínio esquecido.

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