segunda-feira, 17 de Dezembro de 2012

As cidades mais inteligentes de Portugal


«Lisboa, Almada, Cascais, Aveiro e Vila Nova de Gaia destacam-se pelo seu comportamento "inteligente" num índice que vai além das soluções tecnológicas utilizadas e integra também sustentabilidade ou inclusão social.

O Índice de Cidades Inteligentes 2012, elaborado pela Inteli e apresentado [na semana passada] em livro, contempla 20 dos 25 municípios da rede Living Lab RENER para a renovação urbana, de todo o país, e analisa as áreas da governação, inovação, sustentabilidade, inclusão e conetividade, com cerca de 80 indicadores cada uma.

Catarina Selada, responsável pelo projeto, disse à agência Lusa que "as cinco cidades que mais se destacaram globalmente, em termos de resultados integrados, foram Lisboa, Almada, Cascais, Aveiro e Vila Nova de Gaia".

O conceito "não se limita a analisar a área das tecnologias" e considera que "uma cidade inteligente é mais uma cidade para as pessoas e deve começar pelo capital humano e pelas comunidades", explicou a diretora do departamento de cidades da Inteli.

Em cada uma das áreas analisadas distinguem-se cidades diferentes e Catarina Selada referiu o exemplo da sustentabilidade, com avaliação de indicadores respeitantes a energia, edifícios, qualidade do ar, gestão da água e dos resíduos, mobilidade e biodiversidade.

"Se em termos globais, Lisboa se destaca em todas as dimensões, quando é analisada só a sustentabilidade, Almada, Vila Nova de Gaia e Cascais aparecem com melhor desempenho", especificou a responsável.

Na sustentabilidade, na questão energética, "Loures assume o melhor posicionamento", tem mais capacidade de produção local de eletricidade e uma meta de redução de emissões superior a todas as cidades portuguesas, com 36% até 2020", explicou.

Na vertente inclusão social e cultural, onde é analisada a coesão social, inovação e empreendedorismo social, diversidade cultural ou inclusão digital, em termos globais, "destacam-se as cidades de Almada, Lisboa, Coimbra e Cascais".

Catarina Selada realçou que olhar para as cidades inteligentes também significa promover a inovação do ponto de vista empresarial. "Existe um mercado interessante para as empresas portuguesas ligadas às cidades inteligentes, nomeadamente as que fornecem soluções urbanas inovadoras" para a eficiência energética dos edifícios, gestão da água e dos resíduos ou na área da governação, defendeu.

Desenvolver cidades inteligentes implica uma "lógica de articulação das cidades, dos organismos públicos, das empresas, dos centros de investigação, das comunidades e dos cidadãos", resumiu a responsável pelo projeto.»

Via Diário Digital.

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