domingo, 6 de Abril de 2014

É mentira que a maior parte do Brasil defenda a violação



«O Instituto de Pesquisa Económica Aplicada do Brasil (IPEA) reconheceu [ontem] ter errado no resultado da sondagem que provocou a fúria e protestos de mulheres na Internet ao apontar que 65,1% dos brasileiros acreditavam que roupas curtas motivam ataques sexuais.

O resultado correcto, informado [ontem], revela que 26% dos brasileiros concordam, total ou parcialmente que "mulheres que usam roupas que mostram o corpo merecem ser atacadas" e 70% discordam.

Após a detecção do erro, o director da área social do Instituto pediu para ser exonerado.

O equívoco foi ocasionado pela troca de gráficos do resultado da sondagem, e foi considerado "relevante" pelo Instituto.

Na verdade, 65,1% dos entrevistados afirmaram que "mulher que é agredida e continua com o parceiro gosta de apanhar", o que também gerou reacções indignadas nas redes sociais.

A sondagem com o resultado errado, que foi reproduzida em diversos meios da imprensa brasileira e internacional, motivou um protesto pela Internet, no qual milhares de mulheres divulgaram fotos seminuas com o hashtag #eunaomerecoserestuprada.

A pesquisa foi feita com 3.810 pessoas, entre mulheres e homens, entre Maio e Junho de 2013.

O IPEA é uma fundação pública, vinculada à Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência brasileira, responsável por realizar sondagens que forneçam suporte técnico para a formulação de políticas públicas.»

Via Sol.

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