segunda-feira, 10 de Março de 2014

Países islâmicos proíbem filme sobre a vida de Noé



«Três países árabes proibiram a exibição do filme de Hollywood, Noé, devido a questões religiosas, mesmo antes da estreia mundial, e várias outras nações devem fazer o mesmo, disse um representante da Paramount Pictures.

O Islão não simpatiza com a representação de pessoas sagradas na arte, e retratos do profeta Maomé na imprensa da Europa e da América do Norte causaram já violentos protestos em países islâmicos nos últimos 10 anos, alimentando as tensões culturais com o Ocidente.

“Censores do Qatar, Bahrein e Emirados Árabes Unidos confirmaram oficialmente nesta semana que o filme não será exibido nesses países”, afirmou um representante da Paramount Pictures, que fez a produção com um custo de 125 milhões de dólares e que tem no elenco actores como Russell Crowe e Anthony Hopkins.

“A explicação oficial que eles deram ao confirmar o veto é que o filme contradiz os ensinamentos do Islão”, revelou o representante, acrescentando que o estúdio espera proibições semelhantes no Egipto, na Jordânia e no Kuwait. A estreia nos EUA está marcada para 28 de Março.

Noé, que no livro bíblico do Génesis constrói uma arca que salvou a sua família e muitos casais de animais do grande dilúvio, é reverenciado pelo judaísmo, cristianismo e islamismo.

Um capítulo inteiro do Corão é-lhe dedicado. A universidade Al-Azhar, maior autoridade do islão sunita e centro do ensinamento do islamismo por mais de um milénio, emitiu na quinta-feira uma fatwa (um decreto religioso) contra o filme.

“A Al-Azhar renova a sua objecção a qualquer acto que retrate os mensageiros e profetas de Deus e os colegas do Profeta (Maomé). Que a paz esteja com ele”, anunciou a universidade em comunicado. Eles “provocam sentimentos nos crentes, são proibidos no Islão e uma clara violação da lei islâmica”, acrescentou a fatwa.

O filme de 2004 A Paixão de Cristo, com Mel Gibson e que retratou a crucificação de Jesus, foi muito visto no mundo árabe, apesar de muitas objeções por parte dos clérigos muçulmanos.»

Via Move.

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