«A morte começa a chegar aos 27 anos? Um cientista da Universidade da Virgínia, nos Estados Unidos, acredita que sim. Não no que respeita ao físico, mas às capacidades neurológicas.
Segundo Timothy Salthouse, o cérebro humano atinge o auge aos 22 anos, fica estável até aos 27 e, a partir daí, as capacidades começam a decair. Aos 30 anos, diz o investigador, várias funções do cérebro já estão consideravelmente mais fracas.
Ou seja, o seu coração ainda está perfeito, a pele muito provavelmente também, e os músculos só doem quando abusa no ginásio. Mas, no seu cérebro, acredita o cientista americano, a decadência já começou. Os neurónios ainda estão lá, mas as sinapses (as conexões entre eles) começaram a falhar, o que afeta várias habilidades mentais. A primeira habilidade a fraquejar, segundo esta investigação, é a inteligência espacial: a capacidade de desenhar objetos e conseguir visualizá-los mentalmente. Funções mais primordiais, como o raciocínio e a memória, também perdem força rapidamente – a memória já tem menos 17% de capacidade e o raciocínio lógico perdeu 37,5% quando a pessoa chega aos 30 anos.
Nem tudo é mau. O estudo americano revelou também que algumas habilidades, como a verbal, continuam a progredir até aos 60 anos. Para tudo aquilo que exige conhecimento acumulado – e porque o ser humano continua a aprender ao longo da vida – a idade não é um mau posto.
Esta pesquisa envolveu dois mil voluntários, homens e mulheres, durante sete anos. Os voluntários tinham entre 18 e 60 anos e foram chamados a resolver quebra-cabeças, lembrar histórias e palavras e reconhecer padrões em números e em letras.»
Via Correio da Manhã.
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