A Casa das Letras editará, em Junho, o livro Depois do Inferno, no qual Michelle Knight relata o horror que sofreu durante o cativeiro de mais de uma década em Cleveland às mãos de Ariel Castro.
Editado ontem nos Estados Unidos com o título Finding Me - A Decade of Darkness, a Life Reclaimed: A Memoir of the Cleveland Kidnappings, a fim de assinalar um ano de liberdade da «casa dos horrores», a obra escrita em conjunto com Michelle Burford conta como a norte-americana de 33 anos foi violada e espancada diariamente, abortando cinco vezes.
Confira abaixo a sinopse de Depois do Inferno:
“No dia em que desapareci, em 2002, aparentemente poucas pessoas deram por isso. Tinha 21 anos e era uma jovem mãe que tinha parado uma tarde numa loja para pedir informações. Durante os 11 anos seguintes estive sequestrada no inferno. Essa é a parte da minha história que provavelmente pode já conhecer. Mas há muito que não conhece.”
Assim começa o relato de Michelle Knight, a primeira das três norte-americanas raptadas por Ariel Castro, acusado posteriormente de sequestro e violação. Em Maio passado, o cativeiro chegou ao fim quando uma delas, Amanda Berry, conseguiu fugir e deu o alarme às autoridades. “Invisível. Foi como me senti nos quase quatro mil dias em que sobrevivi a Ariel Castro”, conta nas mais de 200 páginas nas quais fala de uma “década de escuridão”, com violações diárias, e de “uma vida finalmente resgatada”.
Knight diz que se sente em paz e que perdoa inclusive o seu sequestrador que se suicidou na prisão, em Agosto, pouco depois de ter sido condenado a perpétua. Afirma que está contente com o seu quotidiano e que o simples facto de acordar, tomar o pequeno-almoço, olhar o céu e ver televisão a fazem feliz. Dedica Depois do Inferno ao filho, Joey, actualmente com 14 anos, adoptado durante o seu longo desaparecimento.
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