«Quando fez a crítica a The Orphan Master’s Son , Michiko Kakutani escreveu no The New York Times ser este “um romance notável e ousado”, que “abre uma assustadora janela sobre o misterioso reino da Coreia do Norte”. Aos 46 anos, Adam Johnson venceu com esta obra a mais mediática categoria do Pulitzer para as artes e letras: a categoria de Ficção, em que no ano passado não foi atribuído qualquer prémio por opção do júri.
Em The Orphan Master’s Son (ed. Random House), Johnson, que é professor de Escrita Criativa na Universidade de Stanford e já recebeu o California Book Award (2003), conta a história de Jun Do (como John Doe, a designação americana para Zé Ninguém), um órfão de Chongjin que entra para o exército, integra uma missão diplomática no Texas, EUA, mas acaba por ser enviado para um campo de trabalho no seu país onde conhece o Comandante Ga, rival de Kim Jong-il na tentativa de conquista dos afectos de uma actriz com quem é o órfão que acaba por casar.
Noutra crítica do New York Times, Christopher R. Beha diz que o livro é "imensamente divertido", mas questiona-se: "Será que ‘divertido’ pode mesmo ser a primeira palavra para descrever um romance sobre um dos piores lugares na Terra?"
Recordando que "certos temas" implicam "responsabilidade moral", Beha refere que isso é tanto mais verdade no caso da Coreia do Norte, "onde o horror está ainda a acontecer" e quando "tão pouco é revelado para o mundo exterior". Mas acaba por reconhecer: "Em última análise, a única regra da arte é que podemos fazer tudo aquilo com que nos conseguirmos safar."
Nas restantes categorias venceram Ayad Akhtar (Teatro) com Disgrace, Fredrik Logevall (História) com Embers of War: The Fall of an Empire and the Making of America’s Vietnam, Tom Reiss (Biografia) com The Black Count: Glory, Revolution, Betrayal, and the Real Count of Monte Cristo, Sharon Olds (Poesia) com Stag’s Leap, Gilbert King (Ensaio) com Devil in the Grove: Thurgood Marshall, the Groveland Boys, and the Dawn of a New America, e Caroline Shaw (Música) com Partita for 8 Voices.
O The New York Times, teve prémios em quatro das 14 categorias para Jornalismo. Enquanto colectivo, a redacção do jornal ganhou o prémio para Explanatory Reporting (trabalhos de enquadramento temático), David Barstow e Alejandra Xanic von Bertrab ficaram com o prémio para Investigação, David Barboza venceu na categoria de Internacional, e John Branch nos Feature.»
Via Público.
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