«A Leya disponibilizou esta terça-feira uma plataforma de auto-publicação de livros eletrónicos, a Escrytos. Portanto, a partir de agora, já é possível editar um livro sem qualquer custos e sem a necessidade de uma editora.
A Escrytos permite um autor converter um texto Word em ePub, o formato mais utilizado para livros digitais. Mas também podemos escolher uma capa e criar o código ISBN. Depois, há ainda a possibilidade de disponibilizar o trabalho final na plataforma de distribuição de livros eletrónicos da Leya, com o livro a estar disponível na loja online da editora, mas também na Amazon, a Kobo, iBook Store e Barnes & Noble, entre outras. É possível ainda acompanhar a "carreira" dos nossos livros no mercado comercial.
"Ter acesso ao canal de distribuição custará aos autores 75% do preço líquido de venda do livro, uma margem que está de acordo com os parâmetros habituais", afirmou em conferência de imprensa o presidente executivo do grupo, Isaías Gomes Teixeira, que revelou ainda que a Escrytos terá ainda um "acompanhamento profissional" se assim desejarem os novos escritores, já que a nova plataforma permite a requisição de revisores, avaliação editorial, etc.
A Escrytos funciona de forma automática e está orientada para a publicação de livros em língua portuguesa nesta primeira fase.»
Via Diário Digital. Mais informações aqui.
1 comentários:
É tudo muito bonito, mas os responsáveis parecem esquecer-se (propositadamente) de mencionar detalhes como a questão da exclusividade de 5 anos (ler o modelo do contrato), sem que isso represente qualquer tipo de vantagem comercial para os autores, uma vez que a única coisa que a plataforma oferece é mesmo a distribuição. A distribuição, por si só, não justifica a retenção de 75% dos valores das vendas, enquanto os autores (que têm o trabalho criativo) ficam apenas com 25%.
Este modelo de autopublicação não recompensa devidamente os autores e, além disso, assenta numa estrutura arcaica se o compararmos com, por exemplo, as plataformas de autopublicação da Amazon e do Smashwords. Estas duas plataformas oferecem uma maior margem de lucro e, ao contrário da Escrytos, permitem a alteração do preço de venda após a publicação, bem como o carregamento de um manuscrito revisto caso sejam encontrados erros ou gralhas após a publicação.
Nestas condições, optar por publicar na Escrytos em vez de o fazer na Amazon e no Smashwords poderá ser o equivalente a descer de cavalo para burro.
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