sábado, 4 de Maio de 2013

Juvenal: "O fim que nos vendem é sempre uma farsa"


Já os Doors, a terceira banda mais sobrevalorizada da História, cantavam sobre o fim. E via-se logo que fim não devia ser coisa boa porque metia incesto. E o incesto não é bom, salvo raras excepções. O meu caso não é excepção pois sendo a minha irmã o camafeu que é – não passa de um 2 – e, diz quem já lá foi e chafurdou à grande, não se mexe quase nada e muito menos faz cu a não ser que tenha metido MD. E não estou a falar de Mendelevium que não é mais que um metal radioactivo transurânico, da série dos actinídeos, normalmente sintetizado a partir do bombardeamento do Einsteinium com partículas alfa, que, quando muito, faz o cancro, doença que está muito na moda sendo eu próprio portador de uma cópia derivado à qual não me dão mais de dois meses de vida o que dá muito jeito porque fechamos isto em grande e acabo de cortar o cabelo bem rentinho poupando fortunas no barbeiro aqui da rua que se faz pagar muito mais do que aquilo que vale desculpando-se com aquilo da crise e de que isto não está fácil para ninguém. Por outro lado, o fim também pode ser bom quando o é daqueles familiares que têm muito ‘nheirinho e o deixam à gente para a gente poder ir gastá-lo nas férias na Quarteira e em carros com tecto de abrir e almoços em Mafra. Prazeres que, por certo, já não terei, em consequência do parágrafo anterior. Depois há aqueles fins que um gajo acha que são bons mas depois vai-se a ver e não passam de um embuste assim ao nível do 11 de Setembro e do Holocausto que não são mais que invenções dos judeus para subir a cotação do ouro porque são gente que vive em função do ouro e da autocomiseração. Esses fins são tudo o que Hollywood nos tenta vender das pessoas que conseguem sempre ficar com a miúda que, amiúde, é boa e parece que vão ser felizes para sempre. Não serão. As mulheres acomodam-se. Deixam de cortar as unhas dos pés onde crescem fungos e cogumelos (que devem ser comidos em sopa, salteados ou em salada, segundo o Astérix) e onde muitas vezes se pode fazer um presépio ou pintar meio Guernica. A depilação é esquecida e é como ir para a cama com as axilas da Rosa Mota. Os pintelhos, outrora inexistentes, florescem qual jardim ao abandono devido a questiúnculas intrafamiliares. Comem bolachas na cama espalhando migalhas que ali ficarão para sempre esmagadas por cotovelos que imprimem permanentes nódoas de gordura lembrando aquele pintor que fez de Ed Harris mas que tinha o talento somado dos UHF. O fim que nos vendem é sempre uma farsa e daqui não sobrará mais que as memórias destas profundas reflexões compreendidas por alguns e ao alcance de poucos.

Por: Juvenal

Crónica publicada na edição #21 da Revista 21

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