quarta-feira, 30 de Maio de 2012

Trabalhar mais é pior para mulheres e pessoas de esquerda


«O aumento do número de horas de trabalho diminui o bem-estar das pessoas, mas são as mulheres e os indivíduos de ideologia de esquerda quem mais sofre com a sobrecarga, conclui um estudo realizado em Coimbra.

A investigação foi desenvolvida nos últimos três anos por dois investigadores da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra (FEUC) e teve em conta dados de 24 países, disponíveis a partir de um outro estudo europeu envolvendo 34 mil empregados, entre os quais 1034 portugueses.

Outra das conclusões a que chegaram os investigadores Filipe Coelho e Maria da Conceição Pereira é que não só os homens e as pessoas de ideologia de direita encararam melhor o aumento do número de horas de trabalho, mas também aqueles que trabalham fora do país de origem.

Para Filipe Coelho, os resultados do estudo “não são totalmente inesperados”, já que, “muitas vezes, as mulheres, além do turno de trabalho no emprego, têm outro turno de trabalho, em casa”.

“O aumento do número de horas de trabalho torna, nesse sentido, a gestão das coisas em casa muito mais difícil”, diz, frisando o facto de haver “papéis intrinsecamente ligados à mulher, como o da maternidade”.

Quanto à ideologia do trabalhador, que “acaba por ter implicações na forma como as horas de trabalho são encaradas”, terá a ver com “diferentes visões do mundo”.

“A ideologia de esquerda está associada à igualdade e à fraternidade, enquanto a de direita ao capitalismo, esforço e recompensa individual”, observa o especialista em economia e gestão.»

Ler no Público.

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