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Perfil 21: Últimas Palavras


Porque para cada princípio existe um fim, apresentámos na última edição da Revista 21 não um mas 21 perfis. Ou, mais concretamente, 21 finais. Uma colecção de últimas palavras proferidas por personalidades de maior e menor reconhecimento, em épocas distintas da História. Porque todos conhecem o inevitável.

Por: Tiago Matos

Alfred Hitchcock
(Realizador, 1899-1980)
Últimas Palavras: «Nunca se conhece o fim. Tem de se morrer para se saber exactamente o que acontece depois da morte... ainda que os católicos tenham as suas esperanças.»

Arquimedes
(Matemático e Astrónomo, 287 a. C. - 212 a. C.)
Últimas Palavras: «Não perturbe as minhas equações!»
Contexto: Resposta dada a um soldado que o queria obrigar a apresentar-se ao seu general, numa altura em que Arquimedes estava absorto a resolver os seus teoremas. Sentindo-se desrespeitado, o soldado matou-o e foi posteriormente executado por isso.

Bob Hope
(Comediante, 1903-2003)
Últimas Palavras: «Surpreende-me.»
Contexto: Resposta à mulher, que lhe perguntou onde queria ser enterrado.

Charlie Chaplin
(Actor e Realizador, 1889-1977)
Últimas Palavras: «Porque não haveria de ter, se lhe pertence?»
Contexto: Resposta ao padre que, ao ler-lhe os ritos finais, disse: «Que Deus tenha piedade da sua alma».

Cícero
(Político, orador e filósofo, 106 a. C. - 43 a. C.)
Últimas Palavras: «O que está a fazer não tem nada de correcto, soldado, mas veja lá se me mata como deve ser.»
Contexto: Dirigidas a um dos assassinos que o foram matar. Cícero tinha-se incompatibilizado com Marco António, o líder romano da época, e já estava à espera que o fossem procurar. O orador chegou ao ponto de expor o pescoço aos assassinos, convidando-os a cortar-lhe a cabeça.

Del Close
(Comediante e professor, 1934-1999)
Últimas Palavras: «Graças a Deus. Já estou cansado de ser a pessoa mais engraçada da sala.»

Edward H. Rulloff
(Serial Killer, 1819/1820-1871)
Últimas Palavras: «Despacha-te lá! Quero ver se chego ao Inferno a tempo do jantar!»
Contexto: Ditas ao seu carrasco, antes do enforcamento.

Fernando Pessoa
(Poeta, Filósofo e Escritor, 1888-1935)
Últimas Palavras: «I know not what tomorrow will bring.» («Não sei o que o amanhã trará.»)
Contexto: Pessoa escreveu em inglês as suas últimas palavras. Estava internado num hospital a tratar uma cirrose hepática (suspeita-se, porém, que foi mal diagnosticado e que na verdade morreu de uma pancreatite aguda).

Florenz Ziegfeld, Jr.
(Empresário da Broadway, 1867-1932)
Últimas Palavras: «Cortinas! Música rápida! Luzes! Estou preparado para o grande final! Fantástico! O espectáculo parece óptimo, o espectáculo parece óptimo!»
Contexto: Palavras gritadas em delírio, enquanto morria de uma pleurisia causada por infecção pulmonar.

Frank Gusenberg
(Gangster, 1892-1929)
Últimas Palavras: «Ninguém me atingiu.»
Contexto: Gusenberg foi uma das vítimas da guerra entre gangsters que se tornou conhecida por Massacre de São Valentim. Quando a polícia chegou ao local, encontrou uma série de corpos ensanguentados, dos quais Gusenberg era o único sobrevivente. À pergunta «Quem te atingiu?», proferida por um dos agentes, Gusenberg, numa bizarra prova de lealdade para com as «leis» do crime organizado, disse as suas últimas palavras.

George Sitts
(Assassino, 1913-1947)
Últimas Palavras: «Esta é a primeira vez que as autoridades me ajudam a fugir da prisão.»
Contexto: George Sitts soltou esta pequena piada antes de ser electrocutado, na sequência da sua condenação à morte. Sitts referia-se ao facto de antes ter escapado um par de vezes da cadeia.

John Spenkelink
(Assassino, 1949-1979)
Últimas Palavras: «Pena capital: aqueles que não têm o capital cumprem a pena.»
Contexto: Condenado à morte pelo assassínio de um criminoso, Spenkelink afirmou sempre que a sua acção foi em autodefesa, levando a um grande debate sobre a pena de morte na sociedade americana. Em todo o caso, acabou por morrer (em condições duvidosas) na cadeira eléctrica, tendo estas sido as últimas palavras que se ouviram dele.

Karl Marx
(Filósofo e Revolucionário, 1818-1883)
Últimas Palavras: «Sai daqui! As últimas palavras são para os idiotas que ainda não disseram o suficiente.»
Contexto: Resposta a uma criada que lhe perguntou quais seriam as suas últimas palavras.

Leonardo Da Vinci
(Artista multifacetado, 1452-1519)
Últimas Palavras: «Ofendi Deus e a Humanidade porque o meu trabalho não alcançou a qualidade devida.»

Marie Antoinette
(Rainha de França, 1774-1792)
Últimas Palavras: «Perdoe-me, senhor. Não fiz de propósito.»
Contexto: Depois de pisar acidentalmente o pé do seu carrasco, a caminho da guilhotina.

Mata Hari
(Espia, 1876-1917)
Últimas Palavras: «É tudo uma ilusão.»
Contexto: Palavras ditas a um visitante antes de ser levada perante um pelotão de fuzilamento, na sequência da condenação por espionagem. A estranheza das suas palavras, associada ao posterior desaparecimento do seu corpo, ajudou ao misticismo popular associado à sua figura.

Nancy Astor
(Política, 1919-1945)
Últimas Palavras: «Estou a morrer ou é o meu aniversário?»
Contexto: Quando, na fase final da doença que a vitimou, acordou e viu a sua família inteira à volta da cama.

Pedro Muñoz Seca
(Dramaturgo, 1879-1936)
Últimas Palavras: «Estou a começar a acreditar que não me querem como amigo.»
Contexto: Ditas ao pelotão de fuzilamento, momentos antes de ser executado, na Guerra Civil Espanhola.

Richard Feynman
(Físico, 1918-1988)
Últimas Palavras: «Odiaria ter de morrer duas vezes. É tão chato.»

Sócrates
(Filósofo, 469/470 A. C. -399 A. C.)
Últimas Palavras: «Crito, devemos oferecer um galo a Asclépio. Trata disso, não te esqueças.»
Contexto: Condenado à morte por ingestão de veneno por «corromper as mentes da juventude de Atenas» com as suas filosofias, Sócrates proferiu as suas últimas palavras já depois de beber o veneno, querendo com elas dizer que a morte é o alívio supremo e, como tal, Asclépio, o deus grego da cura, merecia um galo como agradecimento.

Walt Disney
(Animador e Empresário, 1901-1966)
Últimas Palavras: «Kurt Russell.»
Contexto: As últimas palavras que se ouviu Walt Disney dizer foram «Continuem o bom trabalho, rapazes!», dirigindo-se aos seus funcionários, antes de sair do escritório. Mais tarde havia de falecer em sua casa, mas não sem antes escrever num papel o nome «Kurt Russell». É ainda hoje um mistério o que ele queria dizer com aquilo, até para o próprio Kurt Russell, o actor, que tinha 15 anos na altura.


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