Opinião 21: Argo

E não é que afinal Matt Damon não é o único talento da dupla de escritores de Good Will Hunting? Depois de ter deixado os críticos intrigados com Gone Baby Gone e The Town, Ben Affleck prova com Argo que é mesmo um realizador de primeira linha, executando na perfeição e com uma boa dose de suspense a história verídica do Canadian Caper, um arriscado plano de resgate de seis embaixadores americanos no Irão, em 1979.

Argo está impecavelmente estruturado. Começamos por assistir à invasão da embaixada norte-americana no Teerão por parte de uma multidão de militantes iranianos. Todo o pessoal da embaixada é capturado e feito refém, à excepção de seis pessoas que se escondem na casa de um embaixador do Canadá. A partir daí, cabe à CIA, e mais especificamente a Tony Mendez, interpretado pelo próprio Affleck, fazê-los escapar do Irão.

Ainda que Affleck tenha exagerado um pouco na dramatização dos eventos, o espectador nunca se sente defraudado. Argo é, sem dúvida, um bom filme. Suficientemente bom para a Academia? É o que veremos, mas à partida parte com Lincoln na linha da frente para a vitória.

Texto: Tiago Matos

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