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Nos Bastidores dos Ensaios Eróticos: Quando as Fotos Caseiras São Insuficientes para os Casais Amadores


A fotografia de cariz erótico está cada vez mais popular. Não que alguma vez o tenha realmente deixado de ser, mas o patamar é agora outro, deixando longe os tempos de fotos ousadas guardadas em gavetas como segredos obscuros de mentes perversas. Hoje, a fotografia erótica faz parte do mainstream.

Estrelas como Lady Gaga, Rihanna, Kim Kardashian, Miley Cyrus ou Christina Aguilera exibem o corpo em produções arrojadas que já deixaram de ser um escândalo. Fruto da proliferação de máquinas fotográficas digitais e smartphones que mais parecem máquinas fotográficas digitais, o público já não se limita a apreciá-las: imita-as. Uma sondagem recente aponta, aliás, que 27% dos homens e 23% das mulheres já foram fotografados ou filmados nus. E estes são apenas aqueles que o admitem.

Existe, contudo, quem não se contente com produções caseiras e procure satisfazer os seus apetites fotográficos com algo mais profissional. Curiosa com a tendência e empenhada em esclarecer as dúvidas que eventuais interessados possam ter, a REVISTA 21 falou com Mel Masoni, responsável pela Revista Dénudé, para perceber como funciona este negócio cada vez mais em voga.


Fundada em 2013, a Revista Dénudé nasceu do encontro entre Ale Coelho, fotógrafo e publicitário, e Mel Masoni, empresária e directora de arte. Sediada no Brasil, a empresa dedica-se a realizar ensaios fotográficos sensuais com mulheres e casais amadores, apresentando contudo um original factor de diferenciação: o resultado final é entregue na forma de uma revista impressa, de aspecto requintado e profissional, exclusiva para os protagonistas do ensaio. Mas quem são, afinal, estes protagonistas?

«As mulheres procuram-nos muito, mas a procura dos casais tem aumentado cada vez mais. Não existe um perfil específico, mas 95% são pessoas comuns, com vidas comuns, aparência comum. Aceitamos casais e também grupos que desejem ser fotografados juntos. Acredito no amor nas suas mais diversas formas. Não há preconceito algum na Revista Dénudé em relação a isso», refere Mel, acrescentando que «os ensaios são para pessoas comuns. Não importa o formato do corpo, a altura, marcas de expressão, celulite, estrias, cicatrizes, nada! Uma vez captada a essência de cada um, consigo dirigir a pessoa de forma a extrair todo o seu sex appeal, e isso transparece de tal forma na fotografia que, muitas vezes, a pessoa não acredita que se está a ver quando recebe a revista.»

Mas como é captada essa tal essência? «O foco da empresa é a experiência, e esta tem início desde o primeiro momento, logo ao primeiro contacto telefónico», explica Mel. «Antes do ensaio, eu encontro-me pessoalmente com o cliente e tomamos um café. Conversamos sobre a vida, o ensaio, o motivo que o levou a procurar-nos, os seus gostos e preferências gerais... Este contacto é muito importante para poder perceber a personalidade das pessoas e outras características subtis, não necessariamente faladas mas demonstradas através dos gestos e do que as pessoas calam. Quando se trata de casais, percebendo também as suas dinâmicas, como comunicam, como se olham, pergunto-lhes as suas histórias. Todos os detalhes são importantes para os poder dirigir durante o ensaio.»

Faz parte desta conversa prévia a discussão da ideia central do ensaio: «As roupas e os acessórios são escolhidos pela própria cliente, com o meu auxílio. Os temas, quando existem (no caso de ensaios fetichistas), também é ela que propõe. O mais comum é um ensaio com lingerie e acessórios que se transforma, rapidamente, num nu artístico muito erótico».


«No dia do ensaio, vamos buscar o cliente a casa e levamo-lo até ao local combinado. Temos um espaço em Niterói, para ensaios feitos no Rio de Janeiro, e também parcerias com os melhores hotéis do Brasil, para ensaios em todas as principais capitais.» Ainda assim, «os casais geralmente preferem que o ensaio seja nas suas casas».

Chegado o grande momento, «como já nos conhecemos e conversámos, no dia do ensaio as pessoas já estão relaxadas. Enquanto a mulher é maquilhada, conversamos informalmente, o marido mostra a casa, falamos sobre assuntos do dia-a-dia, como se fossemos amigos convidados para um almoço. Depois de dez ou quinze minutos de fotografias, as pessoas já estão muito à vontade, sem excepção».

Sem excepção? «O engraçado, e o que eu e o Ale já sabemos de cor e salteado, é que muitas mulheres, ao chegarem a um ensaio, dizem: "Ai, estou um pouquinho nervosa, não sei se as fotos vão ficar boas", e no final dizem: "Nossa! Acabei por ficar à vontade demais, adorei!" Isso acontece em 100% dos ensaios com mulheres e é algo que nos faz sempre rir».

Já os casais por vezes ficam demasiado à vontade perante as objectivas. O segredo aqui, segundo Mel Masoni, é deixar fluir: «Permitimos que o casal vá até onde quiser, não impomos nenhuma regra em relação a isso porque acreditamos que o ensaio é deles, para eles, e portanto deve ser como eles desejarem. Já tivemos vários casos de casais que fazem sexo durante os ensaios e fotografamos tudo. É lindo ver depois as fotos. Sinto-me muito lisonjeada de poder participar em momentos assim, porque isso demonstra uma confiança muito grande.»

Nestes casos, o profissionalismo ajuda. «Os nossos ensaios são altamente profissionais, contamos com fotógrafos de renome internacional, como é o caso de Ale Coelho, com maquilhadoras profissionais e até com uma psicóloga, que é quem escreve semanalmente para o nosso blogue. O bom de ter profissionais a acompanhar esse momento de intimidade é que as fotos são muito mais bonitas, porque, como profissionais, sabemos reconhecer os melhores ângulos e trabalhar com as luzes e sombras. Além disso, é uma experiência muito erótica e os casais deixam-se levar por essa fantasia.»


Não obstante, «os ensaios são sempre diferentes, porque as pessoas trazem personalidades diferentes, histórias de vida diferentes e, muitas vezes, confrontam-se com os seus medos, os seus tabus. Isso é muito interessante de acompanhar. É como acompanhar a evolução de uma lagarta até virar borboleta ou o desabrochar de uma flor. Fazer parte desse processo é uma honra, por isso adoro o meu trabalho». Tanto que também já posou para o fotógrafo da empresa, «mas de forma amadora, sem maquilhagem, sem poses, sem acessórios, apenas uma brincadeira».

A directora da Revista Dénudé compreende, ainda assim, o que leva alguém a querer protagonizar uma sessão de fotografia erótica. «São muitos os motivos. As mulheres procuram-nos, em primeiro lugar, porque desejam passar pela experiência de terem a sua beleza revelada através da fotografia. Querem fazer o ensaio para si mesmas. Em segundo lugar, para darem de presente ao seu amor. Já os casais desejam apimentar a relação, de alguma forma. É uma experiência nova e excitante, ter alguém a dirigir e fotografar os seus momentos íntimos. As fotografias com casais são mais no estilo de fotojornalismo e menos artificiais, o que deixa o casal extremamente à vontade durante os ensaios.»

Mel Masoni estima que, em média, um ensaio dure aproximadamente três horas. «Mas já fotografámos um casal durante seis, porque eles tinham uma sintonia e um erotismo incrível e não queriam parar. Nós também não parámos de fotografar!»

E nem o tencionam fazer. Isto porque a tendência dos ensaios profissionais eróticos protagonizados por amadores está a crescer cada vez mais: «As pessoas estão mais abertas. Pessoalmente, acho que é por uma conjunção de factores. O público que nos procura é mais maduro, acima dos trinta anos, e já percebeu que a vida é demasiado curta para perder tempo com vergonha e tabus. Fora isso, acho que 2014 foi um ano de muitas mudanças, as pessoas ficaram mais abertas a novas experiências nas suas vidas, de uma forma geral, e isso reflectiu-se na procura por ensaios sensuais.»

Texto: Tiago Matos
Fotos: Revista Dénudé e Evelen Gouvêa (O Fluminense)


Nos Bastidores dos Ensaios Eróticos: Quando as Fotos Caseiras São Insuficientes para os Casais Amadores Reviewed by Revista 21 on 10:00 Rating: 5

1 comentário:

  1. Luxo!!!!

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