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Sexo 21: Escândalos Sexuais ao Longo da História


O sexo é sem dúvida uma das mais dominantes e influentes forças da História. Sob o encanto feminino ascenderam muitos homens a poderosos governantes, ou deixaram-se cair e perder impérios, envoltos em escândalo. Fique com alguns exemplos disso mesmo, comprovando que de fraco não tem o sexo nada.

Texto: Tiago Matos

Cleópatra
Quando Cleópatra surgiu pela primeira vez em frente a César, enrolada num tapete, o líder romano estaria longe de imaginar que aquele seria o início de um dos mais lendários e afamados escândalos sexuais da História. César chegara poucos dias antes ao Egipto em perseguição a Pompeu, um dos seus maiores adversários políticos, mas foi logo confrontado com o assassínio deste a mando do Rei Ptolomeu XIII, que queria o apoio do romano na luta pelo trono do Egipto contra a sua irmã e mulher, Cleópatra. A verdade é que se Ptolomeu escolheu a força para agradar a César, Cleópatra decidiu-se por uma arma muito mais eficaz: a sedução. Enrolou-se num tapete, supostamente um presente para César, e fez-se entrar no palácio deste. Não levou muito tempo até se tornarem amantes. Com César a seu lado, derrotou em definitivo o seu irmão e assumiu-se como chefe suprema do Egipto. Para cimentar a aliança, teve ainda um filho dele. César quis, então, levá-la para Roma. Sugeriu-lhe que casasse com o seu irmão mais novo, Ptolomeu XIV, e o deixasse a controlar o Egipto, na sua ausência. Cleópatra, hesitante, aceitou. Em Roma, junto à verdadeira esposa de César, foi odiada por toda a sociedade. Era «a outra». Não teve, contudo, de suportar isso muito mais tempo, já que César foi assassinado pouco depois. Cleópatra voltou ao Egipto, mandou matar Ptolomeu XIV e substituiu-o no poder pelo seu filho. Mais tarde, para se livrar das acusações de conspiração no homicídio de César que lhe chegavam de Roma, tornou-se amante do novo líder romano, Marco António. Ao utilizar o sexo em seu proveito, Cleópatra manipulou alguns dos homens mais poderosos do mundo e tornou-se uma das mais lendárias figuras da História.

Malinche
Em 1519, os conquistadores espanhóis, chefiados por Hernán Cortés, chegaram ao México e desde logo se depararam com algumas dificuldades na sua intenção de colonização. Ainda que enorme, a frota espanhola era inferior em número aos guerreiros aztecas, e tinha ainda a desvantagem de não conhecer a área ou a língua destes. Os aztecas julgavam, contudo, que os espanhóis tinham sido enviados pelos deuses e, em vez de os atacarem, ofereceram-lhes, numa primeira fase, vários presentes. Um destes, em particular, viria a revelar-se fundamental: uma horda de escravas, das quais se destacava a bela Malinche, que desde logo captou a atenção a Cortés. Não demorou muito até se tornarem amantes, mas mais chocante ainda foi a ascensão do seu estatuto, de escrava indígena a principal braço direito de Cortés na comitiva. Malinche revelou-se, de qualquer modo, uma valiosa intérprete, dando ainda a conhecer pormenorizadamente aos espanhóis a região, e chegou mesmo a impedir várias conspirações contra a vida de Cortés e dos seus homens. Tornou-se, por isso, conhecida como «a traidora» pelo povo azteca, mas a verdade é que a sua influência sobre Cortés mudou significativamente a História, permitindo aos espanhóis a conquista de uma colónia importante que, de outro modo, podia não ter sido conseguida.

Ana Bolena
Henrique VIII, Rei de Inglaterra no início do século XVI, era conhecido pela teimosia. Não é, por isso, de estranhar que os escândalos da sua vida íntima tenham tido uma tal repercussão que acabaram mesmo por originar uma nova corrente religiosa. Henrique era casado com Catarina de Aragão mas, insatisfeito com a incapacidade desta em lhe fazer um filho homem, envolveu-se com outras mulheres, entre as quais uma dama de corte chamada Maria Bolena. Seria, contudo, a sua irmã, Ana, a atrair-lhe em definitivo a atenção, resistindo-lhe aos avanços e alegando que apenas se renderia a ele se este a reconhecesse como rainha. Henrique ganhou então uma autêntica obsessão: divorciar-se de Catarina para casar com Ana Bolena, o que não era permitido pela Igreja Católica Romana. A solução encontrada por ele foi simples: separar-se por completo do poder romano e formar a sua própria igreja, a Anglicana. Por razões puramente pessoais, nasceu uma corrente que conta actualmente com mais de 13 milhões de membros.

Monica Lewinski
Muitos empregos foram prejudicados ou perdidos à custa de escândalos do foro íntimo. Vem desde logo à memória o caso do então presidente dos Estados Unidos, Bill Clinton, e da sua jovem estagiária Monica Lewinsky. Em tribunal, Clinton proferiu a famosa frase: «Eu não tive sexo com essa mulher», e quando confrontado com provas de que Lewinsky lhe havia feito sexo oral, declarou julgar que a questão apenas incluía o fazer e não o receber sexo. O tribunal é que não achou piada, e multou-o em 90 mil dólares por perjúrio, para além de o obrigar a renunciar à advocacia. Entretanto, a oposição tentava a sua impugnação como presidente. A intenção acabou arquivada, mas o caso enfraqueceu de tal forma os democratas que, na seguinte eleição, Al Gore o deu como responsável ao ser derrotado pelo republicano George Bush.

Escândalos que custaram empregos
Semelhante ao de Clinton foi o escândalo do britânico John Profumo, Secretário de Estado e, à primeira vista, conservador exemplar. No início dos anos 60, depois de uma investigação, descobriu-se que Profumo tinha um romance com uma prostituta e, ainda mais chocante, com uma amante russa que muitos suspeitavam ser uma espia. O escândalo levou-o a demitir-se da sua posição e descredibilizou de tal modo o Governo que o próprio primeiro-ministro acabou por sair, poucos meses depois.

Mais recentemente foi Eliot Spitzer, Governador do Estado de Nova Iorque, a pedir a demissão depois de ter sido descoberto o seu romance com uma call-girl de nome Ashley Dupré. Spitzer, casado e pai de três filhos, era conhecido pela sua ideologia conservadora e pela firme oposição à prostituição. É um bom exemplo da máxima: «Façam o que eu digo, não façam o que eu faço».

É tão fértil a área que os escândalos sexuais são frequentemente utilizados como armas. Em 1999, na Rússia, o Procurador-Geral de Justiça, Yuri Skuratov, foi afastado do seu cargo depois de ter sido revelado na televisão um vídeo sexual entre ele (ou alguém muito parecido) e duas jovens prostitutas. Skuratov, que se opunha ao Presidente Boris Yeltsin e se tinha inclusive comprometido pouco antes a combater a corrupção ao mais alto nível no Governo russo, conseguiu provar que o vídeo tinha sido editado, mas de nada lhe valeu. O «aparente» sexo custou-lhe o emprego.


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