[Óscares 2013] Aposta: Melhor Realizador

Podíamos falar de Quentin Tarantino, Kathryn Bigelow ou Tom Hooper, ignorando desde logo nomes como os de Christopher Nolan ou Wes Anderson, mas é evidente, não só para nós como para o juri dos BAFTA, dos Golden Globes e de várias outras instituições que premeiam anualmente os melhores do cinema, que a ausência mais ridícula nos nomeados para melhor realizador do ano é a de Ben Affleck, cedo apontado como favorito.

Dizem alguns, mais avessos a paranóias e teorias da conspiração, que a exclusão não passou de uma manobra para tornar mais clara a vitória de Spielberg, cuja influência na Academia é bem conhecida.

Não vamos por aí. A carreira de Steven Spielberg fala por si, e seria do desejo de todos os cinéfilos que vencesse muitos mais Óscares, se isso significasse novos filmes como Schindler’s List ou Saving Private Ryan. Acontece que Lincoln não é um desses filmes. Spielberg é capaz de melhor. Já Life of Pi é uma obra que ficará gravada para sempre na lista de maiores triunfos de Ang Lee. É o projecto pessoal de um realizador que não aceitou que lhe dissessem que uma história não podia ser filmada. Seria, por isso, do taiwanês a mais justa conquista do troféu.



Texto: Tiago Matos

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