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Perfil 21: Emilie Autumn


Perspicaz, provocadora, controversa. Emilie Autumn criou um mundo de gente doida onde só entra quem compreende. Quer saber mais?

Texto: Luna Santos

O Violino e o Bullying
Nasceu em 1979 na Califórnia. Com cinco anos já tocava violino. Os colegas descreviam-na como «estranha» e «anti-social». Foi vítima de bullying e quis ter aulas em casa: dizia que a escola era uma «inconveniente distracção».

A Violação
Os abusos sexuais que sofreu em criança explicam o coração que desenha no rosto: é um símbolo de protecção. Muitas das letras retratam também sentimentos que resultaram dessas experiências. O sarcasmo pode confundir os desatentos, mas o humor é a forma como Emilie Autumn lida com o que a incomoda.

O Veganismo
Tornou-se vegetariana por inspiração própria. Com 11 anos, olhar para um hambúrguer alertou-a: «Não entendia porque devia comer uma galinha mas não o meu cão. Decidi nunca mais comer nada que tivesse pais.» Já na adolescência, adoptou definitivamente o veganismo.

A Roupa
Gosta de moda e da Era Victoriana. Adoptou um visual gótico-victoriano-burlesco que não agrada a todos. Com 15 anos, entrou na Escola Universitária de Música de Indiana mas dois anos depois desistiu. O motivo? Não aceitavam que usasse botas de plataforma e corpetes, e a menina não esteve pelos ajustes.

A Música
Faz música sem definição. Tem rock e industrial? Tem. Tem pop? De certa forma. Clássica? Muita. Sons eléctricos? Também. E até jazz e música celta e medieval. Emilie chamou-lhe, por brincadeira, Victorian industrial. Já mais a sério, disse que «se é alguma categoria, talvez seja glam rock».

A Voz
Os agentes confrontaram-na com o mercado. «As pessoas da indústria estavam sempre a dizer que eu seria muito vendável se conseguisse cantar tão bem quanto tocava violino. Claro que isso me fez decidir que nunca iria cantar.» Afinal enganou-se.

O Feitio
Quando uma editora lhe alterou músicas, Emilie, de 18 anos, bateu com a porta. «Tentam tornar as músicas mais normais, mais gentis, mais seguras, menos blue notes, mais dança, menos cabelo, mais microphone sex, mais modelo, menos punk, mais mamas, menos rabo, mais saias, menos calças, menos exótico, mais gratuito, menos erótico, mais medíocre, menos inteligente.» Um bom resumo.

As Editoras
Depois da má experiência com a primeira editora, fundou a Traitor Records, para fazer tudo à sua maneira. Pretendia ainda apoiar trabalhos com valores musicais semelhantes e «não ser uma daquelas empresas que rebaixa as pessoas e as faz sentir que não têm talento».

11 de Setembro
A música «By The Sword» refere-se à trágica data. Fala de um cavaleiro que viaja pelo mundo em busca dos irmãos que combatem pelo bem. Não pede violência, pede esperança: «But in this brotherhood we still believe / And for the ones we’ve lost our souls will grieve».

A Era Enchant
Em 2003 sai Enchant, o primeiro álbum. Traz um mundo de fadas, fantasmas e entidades mágicas. Segundo Emilie, «é o verdadeiro fantasy rock». No ano seguinte participou como corista e violinista no álbum America's Sweetheart de Courtney Love.

O Suicídio
Depois da tour com Courtney, Emilie engravidou. O horror à maternidade e o agravamento da sua bipolaridade levaram-na a um aborto induzido. Depois, tentou suicidar-se com ingestão de medicamentos.

O Asilo
A tentativa de suicídio fez com que fosse parar a um hospital psiquiátrico em Los Angeles. Sobre a estadia, revelou que ninguém tentou contactá-la ou tirá-la do asilo. Agora ostenta no braço direito uma tatuagem com o número da cela.

A Era Opheliac
Opheliac é o segundo álbum. Menos celta, mais rock, menos fadas, mais sangue. As asas de fada tornam-se orelhas de rato, corpetes e drama. O nome é inspirado na Ofélia de Shakespeare. Letras irónicas, incisivas e perturbadoras trazem acusações e emoções mal digeridas.

A Geek
Sim, estamos perante uma geek! É ela que grava as músicas, trata do design dos CDs e constrói o site, por isso o que vemos não é uma imagem construída senão pela própria.

O Feminismo
Autumn é assumidamente feminista. A letra de «Thank God I’m Pretty» ilustra-o com sarcasmo: «I’m truly privileged to look this good without clothes on / Which only means that when I sing you’re jerking off / And when I’m gone you won’t remember».

O Livro
The Asylum for Wayward Victorian Girls saiu em 2010. É autobiográfico: conta a história de Emily (em vez de Emilie), que vive num asilo psiquiátrico victoriano. O livro tem «tudo o que as pessoas nunca quiseram saber sobre mim. Todas as coisas hardcore que nem os meus melhores amigos sabem, por serem muito desconfortáveis».

Bloody Crumpets
São as meninas que a acompanham em palco. Além de coristas, apresentam números de circo e cabaret, com fogo, fitas, dança e acrobacia pelo meio.

Burlesque Blood Show
Revolta feminista com chá. Muffins e cupcakes pelo ar. Musical da Broadway e show de cabaret mórbido. Confuso? É o que se quer: liberdade para viver (e sobreviver) na loucura. A ideia é: por uma noite, não pedir desculpa e agir.

A Sexualidade
Diz-se «assexual», o que na prática significa que não sente atracção. Mas há quem afirme que Emilie Autumn é pansexual. Calma, já explicamos. Pansexual significa potencial atracção por todos os sexos e identidades sexuais (travestis, drag queens e intersexos incluídos).

Pragas e Ratos
Emilie sente-se como os ratos, pelo desprezo social que enfrentam. Sir Edward, rato de estimação de Emilie Autumn, é mascote e embaixador do Asilo, lugar imaginário onde Emilie vive. A cantora chama carinhosamente «Praga de Ratos» aos fãs.

F. L. A. G.
Significa Fight Like a Girl e é o título do terceiro álbum, lançado em 2012. A ideia foi dar continuidade a Opheliac: primeiro o desabafo, agora a revolta. Sem regras nem honra.


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